Vitória me surpreende desde a primeira vez em que estive na cidade, lá em 2013, durante minhas férias no litoral do Espírito Santo (se você ainda não viu os
). Confesso que não estava tããão empolgada para conhecê-la. O motivo talvez seja porque quase não se ouve falar do turismo pela região. Tanto que preferi me hospedar em
(que ouvi dizer ter praias mais bonitas), do que em Vitória. E o que aconteceu? Gostei tanto de Vitória que acabei voltando em 2023. E dessa vez me hospedei na capital mesmo.
Outro diferencial do hotel (além das vistas incríveis, óbvio) é uma pequena trilha no meio da mata e um píer exclusivo (que rende belas fotos). Também gostei do hotel ter dois acessos: você pode entrar pela entrada principal (na parte superior do hotel, no centro da Ilha do Boi) ou pela saída da parte de baixo (pertinho da Curva da Jurema, acessado pela trilha ecológica). Isso é muito prático para quem está circulando a pé pela cidade. A única coisa que não me agradou tanto (mas que não atrapalhou em nada a experiência) foi o fato de não haver nenhum comércio por perto. Não tinha um mercadinho, uma sorveteria, uma lojinha... Ah, e nem transporte público. O comércio e o ponto de ônibus mais próximos eram no Shopping Vitória, que fica a uns trezentos/quatrocentos metros da saída inferior.
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Instituto Baleia Jubarte |
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Sala expositiva |
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Detalhes da exposição permanente |
Ali ao lado do Instituto Baleia Jubarte fica o Aquaviário Setembrino Pelissari. Este local é uma espécie de terminal de onde partem barcos para a Prainha (em Vila Velha) e para o Porto de Santana (em Cariacica). Há várias saídas ao longo do dia e, dependendo do horário, o barco lota e é preciso aguardar o próximo. Quando estive na cidade em 2013, este aquaviário não existia e foi uma surpresa conhecê-lo na viagem de 2023. Fiz o trajeto Praça do Papa - Prainha (que dura uns dez minutinhos) e a experiência foi bem legal! Caso você não saiba, o Convento da Penha (o principal atrativo turístico de Vila Velha) fica na Prainha, então esse barco pode ser uma ótima opção de transporte, já que o aquaviário fica a poucos metros de distância da entrada do convento. #ficaadica
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Aquaviário para Prainha e Porto de Santana |
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Embarque |
De lá da Praça do Papa, fui caminhando em direção à
Terceira Ponte, passando pelo
Shopping Vitória e chegando na
Ilha do Boi. Como fiz todo esse trajeto a pé, foi possível observar a arquitetura dessa gigante ponte (que liga Vitória à Vila Velha) em diversos ângulos. Tem muitas paisagens lindas por ali!
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Terceira Ponte (à esquerda) e vista para o Convento da Penha, em Vila Velha (à direita) |
A Ilha do Boi não é uma ilha, mas sim um bairro residencial de Vitória. É neste local onde fica o Hotel Senac Ilha do Boi (em que me hospedei). Por ali há duas pequenas praias: a
Praia Grande e a
Praia do Nenel (também conhecida como Praia da Direita). A Praia Grande (como o próprio nome diz) é a maior praia do bairro e possui um pouco de infraestrutura (há ambulantes, guarda-vidas e quiosque). Já na Praia do Nenel não há nenhuma infraestrutura. As duas praias são praticamente vizinhas e é bem fácil transitar entre elas. Durante a semana a calmaria rola por ali, porém é só chegar o final de semana ou feriado que elas se transformam. Ficam SUPER lotadas!
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Praça em frente à Praia Grande |
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Praia Grande, que não é tão grande |
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Acesso à praia (à esquerda) e Praia do Nenel (à direita) |
A
Curva da Jurema e a
Praia do Canto são duas praias delicinhas! O mar é muito calmo, tipo piscina. E há uma infraestrutura ótima, com restaurantes e calçadão muito bem cuidado. Um detalhe que achei muito curioso por ali foi uma área de proteção à coruja buraqueira. Eu nunca tinha visto coruja na praia e foi uma agradável surpresa encontrá-la. Caminhei mais um pouquinho e atravessei a ponte para a
Ilha do Frade. A vista para a Praia do Canto é muito linda e vi até tartarugas! Adorei esse pedacinho de Vitória!
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Um dos caminhos que levam à Praia do Canto |
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Praia do Canto |
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Letreiro perfeito para fotos |
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Orla da Praia do Canto |
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Uma corujinha buraqueira s2 |
A Ilha do Frade foi um dos meus lugares preferidos na cidade! Ali também é um bairro residencial (assim como a Ilha do Boi), mas possui muitas pequenas praias lindíssimas. E elas ficam meio que escondidas, tipo praia secreta, rs. Confesso que só consegui encontrá-las porque assisti a este
vídeo antes da viagem, senão elas passariam despercebidas (como aconteceu em 2013, na primeira vez em que estive por lá). Assim que você atravessa a ponte já dá de cara com duas delas: do lado direito fica a
Praia da Ilha do Frade (acho que é a mais movimentada e tem uma vista linda para a Praia do Canto) e do lado esquerdo a
Praia das Galinhas (que é cheia de charmosos barquinhos). Ali ao lado começam as praias mais escondidas. Caminhando por uma pequena trilha e cruzando uma pedra você chega na
Praia das Tartarugas e, após mais uma pedra, na
Praia das Araras. Ambas são lindas e super charmosas! Se você gosta de tranquilidade e mar calminho, pode apostar que essas praias são a escolha certa!
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Ilha do Frade |
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Praia da Ilha do Frade |
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Praia das Galinhas |
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Bichinhos que encontrei pelo caminho |
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Praia das Araras |
Voltando para a avenida principal da ilha e entrando na Rua Lenita Monteiro Cruz, você chega na
Praia da Poça. Esta praia é suuuper pequena (quase não tem faixa de areia) e mais frequentada por pescadores. No final da Rua Homero de Souza Costa há um acesso para a
Praia da Barreira (também conhecida como Praia dos Teletubbies). Essa é a maior praia da ilha e muito linda também! Ao lado dela fica a
Prainha do Meio, igualmente charmosa.
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Praia da Poça |
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Acesso à Praia da Barreira (à esquerda) e ave na praia (à direita) |
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Praia da Barreira e Prainha do Meio (lá no fundo) |
Na sequência vem a Praia da Vita, que tem acesso por um escadão que inicia na avenida principal da ilha. Essa é mais uma belíssima praia e tive a sorte de ver muitas tartarugas por lá. A última praia que visitei na Ilha do Frade, e que tem acesso a partir da última rua à direita da avenida principal, foi a Praia das Castanheiras. Nem preciso comentar que essa praia também é belíssima, não é? Ela tem um visual diferenciado, pois é emoldurada por rochas. Também vi algumas tartarugas por lá. Foi lindo! s2
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Acesso à Praia das Castanheiras (à esquerda) e tartaruga (à direita) |
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Praia das Castanheiras |
Saindo da rota de praias, também conheci dois parques em Vitória. O primeiro que visitei foi o
Parque Pedra da Cebola e gostei bastante! Ele fica próximo ao aeroporto e é relativamente grande: tem cerca de cem mil metros quadrados. O grande atrativo é uma enorme formação rochosa que tem o formato semelhante ao de uma cebola. Acredite: essa pedra foi esculpida naturalmente! Além da famosa rocha, o parque dispõe de pistas para caminhada,
playground, lagos, quadra, um centro de educação ambiental e muitos jardins. Tudo rodeado pela Mata Atlântica e pela Mata da Restinga. E tudo é muito bem cuidado.
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Parque Pedra da Cebola |
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A famosa pedra em formato de cebola |
O
Parque Botânico da Vale também merece a visita e confesso que esse lugar me surpreendeu! Ele fica no bairro
Jardim Camburi e ocupa uma área de 33 hectares. O local é MUITO bem cuidado e bonito, e oferece diversas atividades voltadas à educação ambiental, tudo gratuito (basta agendar no quiosque da administração). Quando estive por lá fiz a
Trilha Mata Ciliar e foi SUPER legal! O percurso era curtinho (tinha cerca de seiscentos metros), mas demoramos uns cinquenta minutos para concluir, pois fizemos alguns paradas no meio do caminho. A monitora foi MUITO atenciosa e nos passou diversas informações sobre a fauna e a flora do local. Vimos até um jacaré-de-papo-amarelo enooorme e diversos saguis! O parque também tem orquidário, jardim sensorial, apiário, espaços para eventos, biblioteca (que fica dentro do
Vagão do Conhecimento) e um
playground muito lindinho para as crianças.
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Entrada do Parque Botânico Vale |
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A biblioteca Vagão do Conhecimento |
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Detalhes da Vila Sustentável |
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Trilha da Mata Ciliar |
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Bichinhos que vi no percurso da trilha |
Outro lugar que me impressionou muito e que amei conhecer foi o galpão da Associação das Paneleiras. Esse galpão fica no bairro Goiabeiras, perto do aeroporto, em um bairro bem simples. Ali dentro é possível acompanhar todas as etapas da produção das tradicionais panelas de barro capixabas. Tudo é feito manualmente e com as mesmas técnicas rudimentares utilizadas pelos índios da região há centenas de anos atrás. Nos fundos do galpão há um manguezal e é ali que as panelas são queimadas e revestidas com uma tinta impermeabilizante (retirada ali do próprio mangue). A fumaça e o cheiro são muito fortes e incomodam um pouquinho, mas é lindo ver que essa produção tão artesanal e tão rica ainda é mantida viva e passada de geração à geração.
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Galpão das Paneleiras de Goiabeiras |
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Panelas secando |
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Queima das panelas na beira do mangue |
Como Vitória é uma cidade muito antiga, há várias construções dos séculos XVI à XX espalhadas pela região central. Boa parte delas ainda está em ótimo estado de preservação e é aberta à visitação. A primeira que conheci foi o
Palácio Anchieta, que fica na parte alta da cidade e tem vista para o
Porto de Vitória. Ele foi construído para abrigar um colégio jesuíta, mas após alguns anos acabou tornando-se sede do governo do estado. Infelizmente não consegui visitá-lo internamente, mas sua fachada é linda e grandiosa!
De lá, caminhei até a
Praça Costa Pereira onde fica a
Escadaria Maria Ortiz (que tem uma curiosa história que pode ser lida
aqui) e o lindíssimo
Teatro Carlos Gomes. Esse teatro foi construído para substituir o primeiro teatro da capital, o Melpômene, que foi destruído após um incêndio. Ele foi inspirado no Teatro Scala, que fica em Milão (Itália), e inaugurado em 1927. Sua arquitetura é uma mistura de vários estilos, mas o que predomina é o neoclássico e o barroco. Felizmente consegui conhecê-lo rapidinho internamente e ele é super bonito!
Na sequência, fui para a
Catedral Metropolitana de Vitória. Gente, ela é muuuito alta e muuuuito linda! Fiquei impressionada! Sua arquitetura também tem estilo eclético, mas o neogótico se destaca mais. Essa igreja foi construída entre os anos de 1918 e 1950 no lugar da primeira igreja matriz da cidade, que ainda tinha estilo colonial. Internamente ela é muito bonita também, principalmente os vitrais que ornamentam as paredes. Além desses prédios que citei, também passei por outros pontos históricos, como o
Convento de São Francisco, a
Igreja de São Gonçalo, o
Convento do Carmo, a
Capela de Santa Luzia, a
Igreja Nossa Senhora do Rosário... A região central tem muuuitas construções antiguinhas e infelizmente não consegui visitar todas.
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Palácio Anchieta |
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Teatro Carlos Gomes |
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Palco e plateia do Teatro Carlos Gomes (à esquerda) e Catedral Metropolitana (à direita) |
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Convento de São Francisco (à esquerda) e Igreja de São Gonçalo (à direita) |
Como comentei no início do
post, Vitória me surpreendeu! Cheguei lá sem nenhuma expectativa e acabei gostando de praticamente tudo o que vi, tanto que voltei alguns anos depois. As praias são lindas e os parques muito bem cuidados. Ah, e foi bem fácil me locomover pela cidade, tanto a pé, como de transporte público. Uma dica que dou, caso você nunca tenha ido à Vitória e queira se locomover usando ônibus urbano, é fazer o cartão GV. Os ônibus de Vitória não possuem cobrador e não aceitam dinheiro como pagamento da tarifa, apenas esse cartão. Lá no aeroporto há uma máquina de autoatendimento onde é possível comprá-lo e carregá-lo, #ficaadica. Apesar de já ter ido duas vezes à Vitória, ainda não consegui conhecer tudo, acredita? Adoraria voltar para desbravar melhor o Centro Histórico, fazer um passeio de escuna pela Baía de Vitória, conhecer a
Praia de Camburi (só conheci de dentro do ônibus, rs), os restaurantes da
Ilha das Caieiras, o
Parque Estadual da Fonte Grande... Enfim, ainda tem muuuita coisa pra explorar na capital capixaba!
GOSTOU DE VITÓRIA?
Conheça
Vila Velha,
Guarapari,
Anchieta,
Conceição da Barra,
Itaúnas e
Ibiraçu também.
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