São José dos Campos não é um destino muito procurado quando o assunto é turismo. Essa grande cidade (que pertence à região metropolitana paulista, junto com São Paulo, Campinas, Sorocaba e a Baixada Santista) é muuuito mais visitada por pessoas que vão até ali à trabalho. São José faz parte do
Vale do Paraíba e fica a apenas noventa quilômetros de distância da capital. Por conta dessa proximidade, é um lugar que super indico para passar um final de semana, um feriado ou, até quem sabe, para fazer um bate-volta. Ali na Rodoviária do Tietê os ônibus partem a cada meia hora (da viação
Pássaro Marrom) e a viagem dura em torno de 1h30.
Boa parte dos hotéis da cidade são mais direcionados ao público executivo. O lado bom disso é que aos finais de semana e feriados costuma rolar promoções, já que não existe uma grande demanda para esses dias. Escolhi o
Hotel Nacional Inn justamente por isso. Além do bom preço, a localização central também é ótima, até para quem está a pé e depende de transporte público (há várias linhas de ônibus que passam ali em frente). Outra comodidade é que ao lado há um mercado (perfeito para economizar nas refeições, #ficaadica) e um shopping. Perfeito, não é? Também achei a estrutura do hotel muito boa! Há restaurante, bar, piscina, academia, sauna, salão de jogos... E o café da manhã? Uma delícia! Haviam várias opções de frutas, pães, bolos, sucos... Tudo muito bem apresentado e gostoso! Minha suíte era bastante espaçosa e confortável (os lençóis eram de ótima qualidade e a cama
king size). Um detalhe que chamou minha atenção (e arrancou suspiros do meu coração) foi o fato do cobertor estar ensacado e higienizado. Isso é praticamente uma raridade em hotéis/pousadas. Também amei a ducha do banheiro e a vista para a cidade de São José dos Campos! Ah, o atendimento também foi bastante gentil.
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| Minha suíte |
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| Pena que o mau tempo não deixou eu usar a piscina... :( |
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| Amei essa instalação (à esquerda) e vista da minha suíte (à direita) |
Ali perto do Hotel Nacional Inn há dois parques bem legais que adorei conhecer (e fui caminhando a partir do hotel, olha que beleza!). O primeiro que visitei foi o Parque Santos Dumont. Como o próprio nome sugere, este parque homenageia Alberto Santos Dumont, o pai da aviação (já que São José dos Campos é referência nas áreas de aeronáutica e espacial). Antigamente, entre os anos de 1936 e 1966, aí neste local funcionava um sanatório para tratar pessoas com tuberculose. Com o avanço da medicina, o local foi desativado e, apenas em 1971, é que o espaço se transformou no primeiro parque público da cidade. Além de uma grande área verde com lago (e peixinhos), jardim japonês, pista para caminhada, equipamentos de ginástica, quiosques para piqueniques e alguns playgrounds super fofos (e inclusivos), o Parque Santos Dumont também abriga uma réplica do 14 Bis, um protótipo de um avião (doado pela Embraer) e três maquetes de foguetes.
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| Jardim japonês |
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| Olha que fofo esse playground! |
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| Protótipo de um avião doado pela Embraer |
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| Réplica do 14 Bis (à esquerda) e maquetes de foguetes (à direita) |
Pertinho do Parque Santos Dumont fica o
Parque Vicentina Aranha, que também vale a visita! Assim como o Santos Dumont, por ali também funcionou um sanatório entre os anos de 1924 e 1960. Porém, felizmente, os seis pavilhões não foram demolidos e ainda estão por lá (alguns lindamente restaurados e outros em reforma ou aguardando o início da restauração). A arquitetura das construções é muito bonita e leva a assinatura de Ramos de Azevedo, um dos arquitetos mais famosos do país. Os seis prédios são tombados como patrimônio histórico da cidade e estão inseridos em uma grande área verde, com mais de oitenta mil metros quadrados! Os jardins são muito bem cuidados e bonitos. E também há pista para caminhada, quiosques para piqueniques, academia ao ar livre e
playground para as crianças. Gostei muito desse parque, não só pelas belas construções, mas também pela intensa programação cultural, ambiental e física à disposição dos seus frequentadores. Por ali rolam feirinhas (orgânica e de artesanato), aulas de ioga e meditação, oficinas, exposições e muitas outras atividades gratuitas. Ah, também adorei uma capelinha que tem por lá, a
Capela Sagrado Coração de Jesus. Ela fica na área central do parque, rodeada por charmoso jardim.
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| Detalhes de um dos seis pavilhões onde funcionava um antigo hospital |
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| Esse é o pavilhão central, localizado logo na entrada do parque |
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| Capela do Sagrado Coração de Jesus (à esquerda) e biblioteca itinerante (à direita) |
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| O parque tem uma enooorme área verde |
Outro parque que conheci foi o
Parque Municipal Roberto Burle Marx, mais conhecido como
Parque da Cidade. Gente, esse lugar é enooorme e perfeito para ficar em contato com a natureza! São mais de um milhão de metros quadrados de área verde!!! Antigamente aí neste local funcionava a Fazenda da Tecelagem Parahyba (que fazia cobertores). Hoje o parque é uma zona de preservação ambiental, cultural, histórica e arquitetônica. Infelizmente estava chovendo no dia da minha visita e não consegui conhecer tudo, mas fiquei bem interessada nos poucos locais que visitei. Fiquei imaginando como o parque deve ser lindo em dias de sol... Amei a alameda repleta de palmeiras imperiais, as esculturas talhadas em troncos de árvores, os jardins de Burle Max, a Residência Olivo Gomes... Há muuuitos lugares lindos por lá! Ah, sem falar nos espaços para a prática de atividades esportivas, culturais, artísticas e de recreação.
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| Alameda de palmeiras imperiais (à esquerda) e uma das esculturas talhadas em árvores (à direita) |
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| Jardim e painel projetado por Burle Max |
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| Olha esse jardim!!! s2 |
Dentro do Parque da Cidade fica o interessantíssimo
Museu do Folclore. Este local foi mais um dos meus espaços preferidos no parque e super recomendo a visita (que é gratuita, eba!!!). Fiz todo o passeio acompanhada por um monitor, o que deixou a visitação ainda mais rica e informativa. O museu abriga uma exposição de longa duração (intitulada de "Patrimônio imaterial: folclore e identidade regional") e também exposições temporárias. Nas sete salas da exposição permanente há objetos, imagens, fotos e vídeos relacionados à cultura popular da região do Vale do Paraíba. Cada sala possui um tema diferente. A minha preferida foi a Sala Festas e a Sala Santos da Fé. Também gostei de conhecer o artesanato produzido ali na região.
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| Museu do Folclore, dentro do Parque da Cidade |
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| As salas são temáticas, essa é Sala Festas |
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| Sala Identidade (à esquerda) e Sala Tecnologia (à direita) |
Quando estava passeando pelas ruas centrais da cidade avistei uma capela que chamou minha atenção logo de cara. Sua arquitetura colonial, com linhas retas e singelas, se destaca no meio da paisagem urbana, repleta de construções mais contemporâneas. Descobri que ela é a
Igreja de São Benedito e foi construída em 1876, sendo considerada um dos prédios mais antigos de São José dos Campos. Infelizmente está fechada para visitação e só pude apreciá-la pelo lado de fora.
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| Igreja de São Benedito |
Apesar de ter conhecido poucos lugares, gostei bastante de São José dos Campos. A cidade me pareceu limpa, organizada e com boas opções de lazer. Também achei bem fácil me locomover por lá usando transporte público ou a pé. Uma das coisas que mais chamou minha atenção foi a valorização dos espaços públicos. Todos os parques que visitei estavam sendo bastante utilizados pela população (e olha que era um dia chuvoso). Também achei bem legal a programação cultural promovida por alguns desses lugares. Como por exemplo, no Parque Vicentina Aranha. Esse parque foi sem sombra de dúvidas o meu espaço preferido na cidade. s2 Faltou conhecer muitos locais, mas como São José dos Campos fica super pertinho da capital paulista, eu sempre posso voltar!
