Viagem realizada em novembro/2016
A cidade de Cunha é uma graça! O que mais me surpreendeu por lá é que, além dos atrativos naturais, também há muita história e arte pra se apreciar. Quem nunca ouviu falar das famosas cerâmicas de Cunha? Se você é uma dessas pessoas inclua agora essa tranquila cidade na sua
wish list. Ela fica em São Paulo, no meio das montanhas da Serra do Mar e da Serra da Bocaina, quase na divisa com o Rio de Janeiro (e bem pertinho de Paraty). São apenas uns 230 quilômetros de distância da capital paulista, ou seja, um lugar perfeito para passar um final de semana ou um feriado prolongado.
Por estar em uma região serrana (a mais de mil metros de altitude), Cunha tem aquele clima romântico adorável, com pousadinhas e restaurantes charmosos, muito contato com a natureza e vistas deslumbrantes. Um destino ótimo para quem quer relaxar e passar alguns dias na pura tranquilidade. Mas, se ficar de bobeira não for a sua intenção, também há muitas atividades para os mais aventureiros. É só dar uma busca no Google para encontrar muitas cachoeiras, trilhas e mirantes. Infelizmente, durante minha visita São Pedro não foi muito generoso (ou foi, né? depende do ponto de vista...) e só consegui conhecer o centrinho da cidade, de tanta chuva que caiu... E outra coisa que descobri é que as cachoeiras, os campos de lavanda e as trilhas pela região só podem ser acessadas de carro. Uma tristeza para os viajantes não motorizados como eu... :(
Peguei o ônibus para Cunha lá em Guaratinguetá. O trajeto é super rápido, coisa de uma hora de estrada. A rodoviária fica bem pertinho do centro histórico. Aliás, o centrinho foi a primeira coisa que conheci na cidade. Ele é bem pequeno, mas tem algumas construções bonitas e bem conservadas, como a
Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Essa igreja teve sua construção iniciada em 1731 e possui estilo barroco. Ao lado há uma praça com outros casarões bastante antiguinhos.
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| Detalhe das calçadas. Amei! |
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| Igreja Matriz |
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| Pracinha e mais casarões históricos ao lado da igreja |
Outro ponto turístico do centro é o
Mercado Municipal. Sua construção também é bastante antiga e lá dentro são comercializados produtos regionais. Ali pertinho fica outra igreja, a
Igreja do Rosário. Assim como a Igreja Matriz, ela também tem estilo barroco e sua construção é do ano de 1793. O centrinho histórico fica na parte alta da cidade e tem uma vista bem bonita para as montanhas e para o
Parque Lavapés, um local bem agradável com pista de caminhada, lago e uma ponte super charmosa.
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| Mercado Municipal |
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| Igreja do Rosário |
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| Vista da cidade |
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| Parque Lavapés |
A
Casa do Artesão é outro atrativo turístico e fica em frente ao Parque Lavapés. Se você está sem tempo (ou não quer) visitar os inúmeros ateliês espalhados pela cidade, a Casa do Artesão é uma ótima opção para conhecer um pouquinho do que é produzido pela região. Além de cerâmicas, bordados e esculturas, também há doces deliciosos! É óbvio que eu saí de lá com uma sacolinha repleta de biscoitos, bolos e chocolates! rs
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| Casa do Artesão |
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| Cerâmicas produzidas na região |
A produção de cerâmicas em Cunha teve início no ano de 1975, quando uma japonesa e um português chegaram na cidade em busca de um local para trabalhar. Ali eles encontraram argila de boa qualidade, lenha em abundância para queima das peças e paisagens deslumbrantes, ou seja, condições perfeitas para produzir as cerâmicas. Com o passar do tempo, o grupo de artistas foi crescendo e hoje a cidade conta com mais de vinte ateliês. Cada um deles possui um estilo artístico próprio, assim como as técnicas utilizadas na produção. Tem ateliês de cerâmica, de joias, de tecelagem... Infelizmente, como estava a pé pela cidade, não deu para conhecer todos, mas amei os poucos que visitei.
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| Ateliê Cerâmica Toledo |
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| Área de produção do ateliê do Ricardo Pompilio |
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| Fiquei apaixonada por esses pratos da Casa do Oleiro |
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| Não lembro o nome desse ateliê, mas olha que charme! |
Infelizmente conheci pouquíssimos lugares em Cunha. Este é o tipo de cidade em que é quase impossível turistar a pé. A maior parte dos atrativos fica afastado do centro e não encontrei nenhuma agência receptiva que fizesse passeios pela região (também não há transporte público)... Foi uma pena! Queria muito ter conhecido as cachoeiras do
Parque Estadual da Serra do Mar, a trilha da
Pedra da Macela (um mirante natural onde fica o ponto mais alto da cidade, a 2.800 metros de altitude, com vista para a baía de Angra dos Reis e Paraty), o
Lavandário de Cunha (vi fotos e parece ser um local lindo)... Ah, sem falar no tradicional evento da queima das cerâmicas, que é super famoso na cidade! Acho que terei que voltar à Cunha... De carro, claro! :)
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