ARACAJU: A capital do menor estado brasileiro

Última viagem realizada em março/2024


Me digam se estou enganada, mas acho que Aracaju é a capital menos lembrada quando se fala de turismo no nordeste brasileiro. Boa parte dos viajantes acabam optando pelas outras capitais nordestinas e se esquecem da pequena e bela Aracaju. Felizmente isso não aconteceu comigo. Já tive alguns parentes que moraram nessa região durante muuuitos anos e, por conta disso, passei minha infância inteira ouvindo falar de Aracaju. Isso me despertou uma vontade imensa de conhecê-la! Esse desejo se realizou nas minhas férias de 2017. Consegui encontrar uma promoção de passagem aérea e fiquei oito dias por lá. Resultado: gostei tanto que voltei em 2024, dessa vez para aproveitar um feriado prolongado de quatro dias. Sergipe é o menor estado nordestino, mas acredite: lá tem MUITOS lugares incríveis (e bastante diversificados) para conhecer. Pés na areia garante que você não irá se arrepender!

Como comentei, minha primeira vez na cidade foi em 2017. Nesta viagem optei em me hospedar em dois hotéis diferentes: foram cinco dias na Pousada Águas Douradas (que tem o perfil mais econômico) e dois no Arcus Hotel Aracaju, o antigo Confort Aracaju (que tem a estrutura um pouco melhor). Pode parecer estranho, mas eu enjoo do hotel quando tenho que dormir nele por muitas noites seguidas, rs. O atendimento na Pousada Águas Douradas foi ótimo, o wifi funcionou direitinho durante todos os dias e o café da manhã era super básico, mas ok. A estrutura de toda a pousada é bem simples, mas acho que valeu a pena pelo preço que paguei. É o tipo de hospedagem apenas para dormir depois de um dia cheio de passeios e praia. A localização não é muuuito das melhores. Ela fica a apenas duas quadras da Orla do Atalaia, porém em uma área um pouco afastada do centrinho. Quem estiver a pé pela cidade (como eu estava), terá que caminhar bastante ou depender de transporte público para se locomover.

Pousada Águas Douradas
Meu quarto na Pousada Águas Douradas

Já o Arcus Hotel Aracaju superou minhas expectativas! A localização dele é beeem melhor. Super mais próximo do centrinho da Orla do Atalaia. Como esse hotel foi inaugurado recentemente, tudo era novinho e moderno. O quarto que fiquei era espaçoso e bastante confortável, com uma cama enooorme. Quase não conseguia sair de lá, rs! A vista da varanda também era muito bonita. Dava até para ver o mar. s2 O atendimento foi bom e o café da manhã simplesmente delicioso! Tinha frutas, iogurtes, sucos naturais, vários tipos de pães e bolos... e até omelete e tapioca feitos na hora! Essa era a melhor parte do dia! Também solicitei alguns jantares (que são pagos à parte) e achei tudo delicioso e com uma apresentação caprichada. A única coisa que não gostei foi da piscina. Ela era pequena e ficava em uma área coberta, ao lado do salão do café da manhã. Ou seja: não dava para tomar sol e nem havia privacidade para usá-la. Tirando isso, foi tudo perfeito!

Arcus Hotel Aracaju, antigo Confort Aracaju
Meu quarto (à esquerda) e piscina (à direita)
Vista da varanda do quarto

Já em 2024, escolhi a Pousada Vila Aju e também gostei bastante da experiência! Ela está localizada há apenas três quadras da orla do Atalaia, bem próxima aos restaurantes da Passarela do Caranguejo e do Terminal de ônibus Zona Sul (caso precise se locomover de transporte público). Um detalhe muito legal é que a Vila Aju é a única pousada temática da cidade. Em todos os ambientes há objetos e detalhes que remetem à cultura sergipana. Inclusive duas de suas suítes ficam dentro de casinhas de sapê de verdade (as suítes Casa do Sertão)! Me hospedei em uma delas e AMEI a experiência! Apesar da rusticidade, o quarto era bastante confortável. A única coisa que me incomodou um pouco foi a baixa pressão do chuveiro e a falta de iluminação natural (a janela dava para um corredor, então acabei mantendo-a fechada para garantir a privacidade). Outro ponto positivo dessa hospedagem foi o atendimento. Todos os funcionários foram muito gentis e me senti bastante acolhida. A estrutura da pousada como um todo é simples (incluindo o café da manhã), mas atendeu minhas necessidades de ter um local seguro, limpo e tranquilo para descansar depois de um dia repleto de passeios.

A pousada é toda temática (à esquerda) e minha suíte Casa do Sertão (à direita)
Detalhes do quarto e do banheiro
Piscina e salão onde é servido o café da manhã (ao fundo)

O bairro mais famoso e turístico de Aracaju certamente é o Atalaia. É nesta região onde ficam boa parte das hospedagens e todo o comércio voltado para atender o turista, como as agências receptivas, os restaurantes típicos, as lojas de lembrancinhas... Sem falar no calçadão mais famoso da capital sergipana: a Orla do Atalaia. Essa orla é enooorme e você precisará de muita disposição para percorrê-la de ponta a ponta, afinal são quase seis quilômetros de extensão, acredita? Além da praia, nessa orla também há muitos outros atrativos turísticos, de lazer e de entretenimento. O primeiro local que visitei em 2017 foi o Centro de Arte e Cultura José Inácio. Esse centro cultural era uma espécie de galpão onde haviam diversos boxes que comercializam artesanato regional. Quando voltei à Aracaju, em 2024, o espaço estava vazio, parecendo abandonado. Não sei se fechou temporariamente ou para sempre. Uma pena... 

Centro de Arte e Cultura José Inácio, funcionando a todo vapor em 2017

Ali pertinho fica a Praça de Eventos, um espaço enooorme que tem como finalidade sediar alguns eventos da cidade. É nesta praça que também está localizado o recém-inaugurado Memorial de Sergipe. Já adianto que AMEI este museu e super recomendo a visita! Ali dentro há diversas salas onde estão expostas milhares de peças que contam um pouco da história e da cultura sergipana. Tem até alguns acervos particulares de artistas (como as louças e azulejos de Rosa Faria e as miniaturas de barro do escultor Véio). As salas são temáticas e há diversos monitores que fazem uma espécie de visita guiada, deixando o passeio ainda mais rico e informativo. Minhas salas preferidas foram: Pré-História Sergipana (há vários exemplares arqueológicos pré-históricos e paleontológicos interessantíssimos), Povos Originários (adorei conhecer as etnias indígenas presentes no estado e seus instrumentos de caça, vestes, musicais e ritos fúnebres), Nos trilhos da memória (nesta sala há um bonde muito legal que percorre virtualmente o centro histórico de Aracaju) e Rosa Faria (amei as louças pintadas à mão dessa artista). A visita ao museu não é gratuita. 

Memorial de Sergipe
As miniaturas do artista Véio
Detalhes das salas Pré-história sergipana (à esquerda) e Da terra, do mar (à direita)
Acervo gigante de louças da artista Rosa Faria
Acervo das salas Sergipe império (à esquerda) e Meios de comunicação (à direita)
O bonde da sala Nos trilhos da memória

Caminhando mais um pouquinho, cheguei em uma área verde muuuito bonita chamada Lagos da Orla. Além de banquinhos para sentar e apreciar a calmaria dos dois lagos, também há um pequeno píer de madeira e pedalinhos. Essa parte do calçadão é super bucólica e perfeita para relaxar. Em frente aos lagos fica outro lugar que SUPER merece a visita: o Oceanário de Aracaju. Esse oceanário faz parte do Projeto Tamar. Quem acompanha o blog sabe que sou a-p-a-i-x-o-n-a-d-a por tartarugas e super fã do projeto! Já fui no de Ubatuba (SP), Florianópolis (SC), Praia do Forte (BA), Fernando de Noronha (PE) e Vitória (ES). É claro que eu tinha que conhecer o de Aracaju também, né? A estrutura do oceanário é ótima e super bonitinha! Há alguns tanques com tartarugas e tubarões (semelhantes aos encontrados nas outras unidades do Tamar), muitas plaquinhas informativas, anfiteatro, palco para eventos e diversos aquários repletos de peixes e outros animais marinhos. Esses aquários são um diferencial muito legal dessa unidade! 

Lagos da Orla
Oceanário de Aracaju
Os diversos tipos de tartarugas
O tanque dos tubarões
Linda!

Continuei minha caminhada e cheguei no local mais famoso e fotografado do calçadão: os Arcos do Atalaia. Esses arcos (que tem mais de dez metros de altura) foram erguidos para representar as diversas fases da construção dessa orla, que é considerada o maior centro de lazer e entretenimento de todo o nordeste. Sinceramente acho que a Orla do Atalaia super merece esse título! Já visitei o calçadão de diversas capitais do nordeste e em nenhuma encontrei uma infraestrutura tão completa quanto a do Atalaia. Além desses atrativos que citei, também há quadras de tênis, campos de futebol, pista de skate, aparelhos de ginástica, ciclovia, banheiros, parque de diversões, kartódromo, pista de cooper... E tudo é muito bem cuidado e limpinho!

Bem próximo aos Arcos do Atalaia começa outro ponto turístico bastante famoso: a Passarela do Caranguejo. Essa passarela nada mais é do que um trecho da Avenida Beira-mar onde estão concentrados diversos restaurantes e bares especializados em pratos típicos da região. Como não gosto de peixe e nem de frutos do mar, acabei não provando nada, mas li que há excelentes restaurante por ali.

Arcos do Atalaia
Passarela do Caranguejo

Aracaju possui 35 quilômetros de praias! Apesar de estar localizada no nordeste (que é suuuper famoso pelo seu belo litoral), suas praias não são tão paradisíacas quanto as dos outros estados. Como há alguns rios que desaguam nessa região, seu mar tem um tom mais perolado, bem diferente das demais praias nordestinas (que variam entre o verde e o azul). Na minha opinião, é exatamente esse pequeno detalhe que confere uma beleza única ao litoral aracajuano.

Anota aí as praias mais conhecidas: Praia dos Artistas (fica ao lado da foz do Rio Sergipe, é onde o Farol de Aracaju está localizado e onde começa a Orla de Atalaia), Praia de Atalaia (é a mais famosa e movimentada de todas, possui uma excelente infraestrutura turística), Praia de Aruana (não é tão movimentada como sua vizinha Atalaia, mas possui uma infraestrutura em alguns trechos), Praia do Robalo (está localizada em um bairro residencial e é mais frequentada pelos moradores das casas de veraneio), Praia do Refúgio (possui inúmeros beach clubs super bem estruturados) e Praia do Mosqueiro (fica ao lado da foz do Rio Vaza-Barris, é dali de sua orla que partem os tradicionais passeios para a Crôa do GoréIlha dos Namorados). Uma característica bastante peculiar de quase todas essas praias é a extensa faixa de areia. Você caminha bastante para chegar até o mar (em alguns trechos também há a presença de restinga e dunas). Outro detalhe é que não há nenhuma divisão física entre elas. Isso é um prato cheio para quem gosta de longas caminhadas (só não se esqueça de consultar a tábua de marés antes, #ficaadica)!

Ave (à esquerda) e uma das passarelas de acesso à Praia de Atalaia
A Praia de Atalaia

Como comentei agora a pouco, é dali da Orla do Pôr do Sol (que fica no povoado de Mosqueiro) que partem alguns passeios de barco pelo Rio Vaza-Barris. Uma opção de passeio bastante tradicional é o combo Ilha dos Namorados + Crôa do Goré. Se você estiver de carro, pode ir por conta própria até a orla e comprar o ticket do passeio no guichê do catamarã ou com o pessoal das lanchas. Já se estiver a pé, há diversas agências receptivas na região da Praia de Atalaia que oferecem traslado desde o hotel até o local do embarque (ida e volta), juntamente com o ticket do catamarã. Foi exatamente dessa forma que fiz o passeio. Contratei a agência Farol Tour e eles foram ótimos. Super recomendo!

O catamarã é enorme e tem uma ótima infraestrutura! Há dois pavimentos com banheiros, muitos lugares para sentar, mesinhas, serviço de bordo e som alto durante todo o passeio (essa foi a parte que menos gostei). A navegação pelo rio dura uns trinta minutos e é bem agradável. Vi até botos! Quando o barco se aproxima da Ilha dos Namorados, a paisagem fica ainda mais paradisíaca e hipnotizante!

Catamarã na Orla do Pôr do Sol
Ponte no Rio Vaza Barris
Chegando na Ilha dos Namorados

A ilha fica exatamente entre o rio e o mar e é MUITO linda! A tranquilidade reina por ali. Apesar de estar no "meio do nada", ela tem uma boa infraestrutura turística, acredita? Há quiosque, mesas, cadeiras e até redes dentro d'água para relaxar. Tudo bem simples, mas bastante funcional. Caso você queira mais sossego e privacidade, é só caminhar um pouquinho que logo encontrará um lugar só seu, pois a ilha é bastante extensa e fica praticamente deserta. Permanecemos umas duas horas por lá e foi tempo suficiente para aproveitar bastante. Tomei sol, caminhei, tirei muitas fotos... E o dia estava lindo!

Super vazia e linda!
Um paraíso!
A ilha é cheia de aves

Embarcamos no catamarã novamente e partimos em direção à Crôa do Goré. A crôa é um banco de areia que aparece no meio do rio quando a maré está baixa. Diferente da ilha, a crôa estava bem movimentada, repleta de turistas. A parada durou uma hora, mais ou menos, mas como o tempo começou a ficar nublado, quase não aproveitei essa parte do passeio. A única coisa que fiz foi caminhar, tirar algumas fotos e me assustar com os milhares de caranguejos e gorés (uma espécie de crustáceo comum nessa região) que moram por lá, rs. 

Crôa do Goré
Tinha muitos desses na ilha! Medooo!

Além das praias, Aracaju está repleta de atrativos culturais e históricos. A região central, por exemplo, é um local MUITO interessante para se conhecer. Por ali há vários museus e construções históricas que super merecem a visita. Muita gente não sabe, mas Aracaju foi uma das primeiras cidades planejadas do Brasil e foi construída exclusivamente para ser a nova capital de Sergipe (que antes era a cidade de São Cristóvão, clique aqui para ler o post completo sobre ela). As ruas dali do centro são curiosamente traçadas na forma de um tabuleiro de xadrez. O acesso a essa região é bem fácil, tanto para quem está de carro, como para quem está a pé e depende de transporte público. No calçadão da Orla de Atalaia (e em diversas outras regiões da cidade) há ônibus que passam em frente ao Museu da Gente Sergipana, local onde o passeio pode ser iniciado.

Esse museu fica dentro de um prédio histórico muuuito bonito, tombado como patrimônio. Antigamente aí funcionava o Colégio Atheneu Pedro II, inaugurado em 1926. Sua arquitetura é eclética: há elementos clássicos, medievais e barrocos. Ele foi restaurado para abrigar o museu e ganhou instalações expositivas modernas, com diversos recursos interativos e tecnológicos, tornando-se o primeiro museu de multimídia interativo das regiões norte e nordeste. Cada sala é temática e mostra um pouquinho das manifestações folclóricas, símbolos, natureza, artes, história, memória, culinária, festas e costumes dos sergipanos. E em cada uma delas há sempre um monitor para te recepcionar e dar informações. Do lado de fora fica o restaurante Café da Gente. Adorei esse museu e na minha opinião é um dos melhores atrativos culturais da cidade! Ah, e a entrada é gratuita (pelo menos quando fui em 2017 era, rs)!

Museu da gente sergipana
Algumas das salas do museu
A sala dos cordeis
Bonecos da Companhia Mamulengo de Cheiroso

Em frente ao museu há um píer, às margens do bonito Rio Sergipe, onde fica o Largo da Gente Sergipana. Por ali estão instaladas oito estátuas que representam os folguedos (uma espécie de festa lúdica com música, dança e teatro) da cultura popular de Sergipe. Já adianto que AMEI esse local! As obras foram criadas pelo escultor e artista plástico Tatti Moreno e cada uma mede, aproximadamente, sete metros de altura. Todas são muito coloridas e expressivas. Uma graça! Meus folguedos preferidos foram o Boi, do Reisado, o Parafuso e o Cacumbi. Além desses também há as estátuas do Lambe-Sujo e Caboclinho, da Taieira, do Barco de Fogo, do São Gonçalo, do Bacamarteiro e do Chegança.

Largo da Gente Sergipana
Os folguedos Chegança, Taieira e São Gonçalo (da esquerda para a direita)
Folguedos Parafuso (à esquerda) e Reisado (à direita)

Lá do museu fui para a Praça Almirante Barroso, uma das maiores e mais importantes de Aracaju. Ela também fica de frente para o Rio Sergipe e para a histórica Ponte do Imperador Dom Pedro II (que na verdade não é uma ponte, rs). Esse ancoradouro foi construído especialmente para receber o barco de Dom Pedro II, durante uma visita à cidade no ano de 1860. Aí nessa mesma praça fica outra construção histórica: o Palácio Olímpio Campos. Ele foi erguido em 1859 para sediar o Governo do Estado e tem uma arquitetura super bonita, em estilo eclético. Atualmente, funciona como museu e disponibiliza visitas guiadas gratuitas. Gostei bastante de conhecê-lo! O acervo é composto de obras de arte, documentos e fotografias históricas, mobiliários da época, maquete do início da construção da cidade e muitos outros objetos que contam a história política e cultural de Aracaju.

Praça Almirante Barroso
Ponte do Imperador Dom Pedro II
Palácio Olímpio Campos
Interior do palácio

Perto daí há outro local muito importante: a Praça Olímpio Campos. Nela acontece uma feirinha de artesanato bem em frente à Catedral Metropolitana de Aracaju. Essa igreja é muito bonita! Ela foi construída em 1862 e tem estilo neoclássico e neogótico. Aí nessa mesma praça fica o Centro de Turismo. Essa outra construção histórica abriga boxes que comercializam as famosas e tradicionais rendas de Sergipe (que inclusive são tombadas como patrimônio cultural). Quando estive por lá, em 2017, o local estava passando por reformas e o acesso estava meio complicado, mas adorei ver de pertinho o trabalho lindíssimo das rendeiras!

Caminhei mais um pouco, passei pelo Centro Cultural de Aracaju (mas não entrei) e cheguei no Mercado Municipal, que na verdade são três mercados diferentes. Nos mercados tem de tudo: artesanato, lembrancinhas, floricultura, restaurantes, frutas, legumes e verduras, carnes, farinhas, doces... É tanta coisa que fica até difícil decidir o que comprar, rs.

Catedral Metropolitana (à direita) e Centro Cultural de Aracaju (à esquerda)
Um dos mercados municipais

Perto desses mercados fica a Orlinha do Bairro Industrial, uma espécie de praça localizada às margens do Rio Sergipe. O local é simples, mas suuuper agradável e charmoso, e tem uma vista L-I-N-D-A para o rio e para a Ponte João Alves (que liga Aracaju à Barra dos Coqueiros). Por ali há vários banquinhos, quiosques, muitas árvores e coqueiros (garantindo aquela sombra nos dias ensolarados), restaurantes, bares e um píer super fotogênico. Ah, quase esqueci de contar dos diversos barquinhos de pescadores que ficam ancorados por ali, deixando o local ainda mais bucólico e perfeito para o relaxamento e contemplação. Foi uma grata surpresa conhecer a Orlinha do Bairro Industrial! Super recomendo!

Orlinha do Bairro Industrial
Píer super fotogênico

Outro local perfeito para contemplar o Rio Sergipe é o Calçadão Formosa Aracaju, que fica no bairro Treze de Julho, pertinho do centro. Além da vista belíssima do rio (principalmente ao entardecer), este calçadão também é perfeito para passear ou praticar atividades físicas (a infraestrutura é ótima para isso). Outro atrativo do local é o Mirante Treze de Julho, mas infelizmente não consegui conhecê-lo, pois estava interditado quando estive por lá, em 2017. Não sei se já voltou a funcionar.

Calçadão Formosa Aracaju
A infraestrutura do calçadão é ótima
Mirante Treze de Julho

Dali do centro peguei um ônibus e desci na entrada do Parque da Cidade. Esse parque é enorme e uma das poucas áreas de Aracaju que ainda tem Mata Atlântica preservada. Como fica um pouco afastado do centro (na zona norte, no entorno do Morro do Urubu), quase não recebe turistas. O atrativo mais legal (na minha opinião) é o teleférico, que liga a parte baixa à parte alta do parque. A vista durante o passeio é muito bonita! Dá para ver alguns prédios da cidade, muito verde e os bichinhos de um mini zoológico que também fica dentro do parque. O desembarque acontece no Mirante da Santa, onde há uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Como há muita vegetação ao redor, não dá para ver nenhuma paisagem... Ouvi falar de uma trilha que tem por ali que termina em uma rampa de voo livre com uma vista deslumbrante, porém várias pessoas me orientaram a não fazer essa trilha devido aos assaltos frequentes (isso foi em 2017, pode ser que a segurança tenha melhorado de lá para cá). Foi uma pena não poder desfrutar de um belo mirante natural por causa de falta de segurança...

Entrada do Parque da Cidade
Passeio no teleférico
Vista da cidade

Outro parque que visitei foi o Parque Ecológico Poxim. Ele está localizado no bairro Inácio Barbosa, que fica entre a região central e o Atalaia. Esse parque é uma graça e SUPER bem cuidado! Ele tem cerca de catorze mil metros quadrados de área verde e fica às margens do Rio Poxim, o que garante um contato enorme com a natureza. Por ali há um parquinho super fofo para as crianças (incluindo uma tirolesa), academia, anfiteatro, diversos quiosques, bancos, pista para caminhada e um píer com vista para a mata e para o rio (além de sanitários, claro)! Como o parque tem foco na preservação e educação ambiental, toda a estrutura foi construída com materiais sustentáveis, não é lindo? Adorei conhecer esse parque!

Entrada do Parque Ecológico Poxim
Pista para caminhada
Píer com vista para a mata e o rio
Rio Poxim

Outro parque que fica ali próximo é o Parque da Sementeira, que é enooorme! São quase quatrocentos mil metros quadrados de muuuito verde. Sua estrutura é ótima: há quadras, campo de futebol, playground, pista para caminhada, aparelhos para a prática de atividade física, lago e diversos quiosques perfeitos para um piquenique. Ah, ali dentro também há um Horto Florestal repleto de mudas e um meliponário. Quando estive por lá, em 2024, algumas áreas do parque estavam sendo revitalizadas. Acredito que, quando essas obras acabarem, a estrutura ficará ainda melhor!

Entrada principal do Parque da Sementeira
O lago é lindo!
Meliponário dentro do Horto Florestal
O parque é repleto de verde!

Gostei muuuito de conhecer Aracaju! O que mais me impressionou foi a quantidade e a diversidade de passeios que é possível fazer por lá. Acho que tem lugares para todos os tipos de viajantes. Há passeios culturais, históricos, naturais... Tem de tudo um pouco! E como Sergipe é o menor estado brasileiro, é super possível fazer um bate e volta para os estados vizinhos. Em questão de horas você pode dar um pulinho na Bahia ou em Alagoas. E isso é muito bom, pois enriquece ainda mais a viagem! Gostei de quase tudo que conheci nessas duas viagens e, por incrível que pareça, ainda ficou faltando visitar alguns lugares. Não fui na cidade histórica de Laranjeiras, não fiz a Rota do Cangaço e nem passeio de barco pelo Rio Sergipe, não vi o entardecer na Orla do Pôr do Sol... Enfim, fica para um terceira visita!


GOSTOU DE ARACAJU?
Conheça outras cidades que visitei durante minha viagem à Sergipe: São Cristóvão (SE), Estância (SE), Canindé de São Francisco (SE), Foz do Rio São Francisco (AL) e Mangue Seco (BA).

MINHA AVALIAÇÃO:




Todos os textos e fotos contidos nesse blog são minha autoria e não podem ser reproduzidos sem autorização.