Viagem realizada em novembro/2024
A cidade de Raposa é bastante conhecida por suas belezas naturais. Por ali há praias, dunas, lagoas, igarapés, ilhas e até uma versão pocket dos famosos Lençóis Maranhenses (apelidada de Fronhas Maranhenses). Raposa está localizada a apenas trinta quilômetros de distância de São Luís e o acesso é bem fácil, tanto para quem está de carro, como para quem depende de transporte público. Por conta dessa proximidade com a capital maranhense, ela acaba sendo um destino ideal para um passeio bate e volta ou uma viagem curtinha, tipo final de semana ou feriado. Fui conhecê-la em uma das minhas visitas à São Luís e fiquei muito na dúvida se fazia esse passeio com uma agência receptiva ou por conta própria. Acabei optando em ir por conta própria e foi uma ótima escolha! Além de economizar bastante, consegui fazer tudo no meu tempo e aproveitei bastante.
Embarquei em um ônibus em São Luís e em uma hora, aproximadamente, já estava passeando pela Praça São Pedro, que fica ali na orla e é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. Essa praça é bastante extensa e repleta de restaurantes, bares e comércios, além de ter uma vista belíssima para o mar (que muda radicalmente ao longo do dia por conta da maré). Por ali também fica um letreiro perfeito para fotos e o Centro de Atendimento ao Turista (fui muito bem atendida por lá). Como cheguei cedinho (tipo às oito e pouco da manhã, rs) pude aproveitar bem a tranquilidade do lugar (que ganha muuuito movimento a partir da tarde).
Ao lado da praça fica um local bastante tradicional em Raposa: a Feira de Peixes. Essa feira acontece sempre pelas manhãs, quando os pescadores retornam da pescaria e ancoram seus barcos lotados de peixes e frutos do mar por ali. Eu não sabia, mas Raposa é considerada uma das maiores comunidades pesqueiras do Maranhão! Outro atrativo super visitado é o Corredor das Rendeiras, que fica na Estrada da Raposa, um pouco antes de chegar na orla. Por ali há muitas lojinhas que comercializam diversos tipos de peças produzidas com a tradicional renda de bilro. Tudo é feito manualmente utilizando essa técnica, que não é nativa do Maranhão, mas foi trazida por algumas famílias de pescadores cearenses que migraram para Raposa há muuuitos anos atrás (por conta da seca).
Letreiro perfeito para fotos |
A avenida principal termina na Prainha da Raposa, uma pequena praia repleta de barquinhos coloridos. Sinceramente não achei essa praia tããão convidativa, inclusive reparei que havia bastante lixo por lá. Acredito que por conta disso os banhistas prefiram ficar na paradisíaca Praia de Carimã, localizada ali em frente, na Ilha de Curupu. Os barquinhos que fazem a travessia para a ilha partem dali da Prainha da Raposa e o trajeto não dura nem dez minutos. A Praia de Carimã quase não possui infraestrutura (há apenas um bar flutuante) e os banhistas costumam levar seus próprios petiscos, lanches e bebidas. A Ilha do Curupu também tem mais outras duas praias: a Praia das Gaivotas e a Praia de Curupu, ambas praticamente desertas. Ah, as dunas chamadas de Fronhas Maranhenses também ficam por lá.
Prainha da Raposa, praticamente vazia |
Outro atrativo bastante procurado em Raposa são os tradicionais passeios de barco pela região. Esses passeios podem ser contratados ali mesmo na orla (com embarque no Cais da Raposa) ou no Porto do Braga (que fica um pouco mais afastado). O horário de partida e retorno depende muito da maré e do trajeto/duração do passeio. Há roteiros de duas, quatro e seis horas. Escolhi fazer o de quatro horas (que acabou durando cinco) e ele teve quatro paradas: Praia de Hélio Viana, Criatório de Ostras, Croa do Marisco e Fronhas Maranhenses. Embarcamos ali no Cais da Raposa por volta das dez horas da manhã. Fomos navegando lentamente por diversos rios, sempre rodeados por uma densa floresta. Durante todo o trajeto vi muitas espécies de aves, manguezais, restingas, igarapés e bancos de areia. As paisagens são lindas!
A primeira parada, após aproximadamente uma hora de navegação, foi na Praia do Hélio Viana. Essa praia é super pequena, mas a água é deliciosa! Ficamos aproveitando o local por uma hora e depois seguimos para o Criatório de Ostras. Como ninguém do barco teve interesse em degustar ostras, partimos para a Croa do Marisco (uma espécie de banco de areia), onde ficamos por mais uma hora. Um detalhe bastante chatinho deste passeio foi a presença de muitos mosquitos, principalmente nas paradas. Recomendo usar repelente!
Praia do Hélio Viana |
Criatório de Ostras |
A última parada foi nas Fronhas Maranhenses, que eu estava super ansiosa para conhecer. Esse local recebeu este nome por ter um ecossistema bem parecido com o dos Lençóis Maranhenses, só que em uma proporção beeem menor. As fronhas ficam na Ilha do Curupu, ali pertinho da Praia de Carimã. Subir as dunas foi bem desafiador e cansativo, mas a paisagem lá do alto compensou o esforço! É muuuito bonito! Como fiz este passeio em novembro, as lagoas já estavam secas e tive que me contentar só com as dunas mesmo (e muita areia na cara, rs). Algumas chegam a ter trinta metros de altura! Se você já conhece os lençóis, uma dica que dou é não criar muita expectativa para as fronhas. Elas são bonitas, mas provavelmente não vão te impressionar tanto.
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