Paraibuna, localizada no Vale do Paraíba (no estado de São Paulo), é uma cidade que faz parte da minha infância. Sempre que ia passar as férias em família no litoral norte paulista (mais especificamente em Caraguatatuba) avistávamos o centrinho histórico de Paraibuna lááá da estrada. E todo ano era a mesma coisa! Muuuito tempo se passou até que um dia rolou a oportunidade de ir conhecê-la. Estava passando um feriado em São José dos Campos e decidi fazer um bate e volta pra lá. São aproximadamente uns trinta e cinco quilômetros de distância, super pertinho. Existe uma linha de ônibus (da viação Pássaro Marron) que circula entre as duas cidades. Apesar dos poucos horários diários (principalmente aos domingos e feriados), achei o transporte bem funcional.
Paraibuna é uma cidade pequena e o centrinho histórico é menor ainda! Em uma ou duas horas é possível conhecer tranquilamente boa parte dos atrativos (e a pé), pois tudo é muito perto. O Terminal Rodoviário de Paraibuna fica ao lado do Rio Paraibuna e bem próximo ao centro também. Já vou começar o post dando uma dica para quem gosta de doce: ali ao lado do terminal fica a Padaria Pão Perfeito, que vende o melhor sonho de creme que já comi na vida (era enooorme também e com um ótimo preço)! E olha que já provei muitos sonhos por aí, rs.
Basta dar alguns passos pelas ruas centrais da cidade para reparar na quantidade de construções com arquitetura colonial que existe por lá. Boa parte dessas construções foi erguida durante um período muito próspero em Paraibuna, no chamado ciclo do café (ocorrido entre os anos de 1830 e 1870). Assim que desci do ônibus já dei de cara com três dessas construções: a Igreja de Nossa Senhora do Rosário (começou a ser erguida em 1841 e só ficou pronta trinta anos depois, em 1871), a Santa Casa da Misericórdia (foi construída em 1898 e hoje abriga uma unidade da UPA) e o Instituto Santo Antônio (era um antigo abrigo e hoje funciona como uma entidade social). Alguns relatos históricos indicam que o pequeno povoado de Paraibuna (promovido por tropeiros que viajavam pela região) teve início aí neste local.
Instituto Santo Antônio |
A Igreja Matriz de Santo Antônio é o principal templo religioso da cidade. Ela também foi construída nessa época áurea, mais exatamente no ano de 1872. A igreja tem uma arquitetura muito bonita, cheia de detalhes e ornamentos. Adorei o revestimento de azulejos portugueses coloridos, sempre em tons de azul e branco! Uma curiosidade é que ao redor do relógio da torre há ilustrações dos signos do zodíaco. O interior da igreja é mais lindo ainda! Fiquei apaixonada pelos elementos decorativos em azul e rosa. Muito bonito mesmo! Nunca tinha visto uma igreja com cores tão delicadas. No teto há pinturas que contam a história de Santo Antônio, o patrono da cidade.
A igreja está localizada na Praça Monsenhor Ernesto Almírio Arantes, que é mais conhecida como Praça da Matriz. Ali ao redor da praça também há um belíssimo conjunto arquitetônico dos séculos XVIII e XIX, como um coreto e os casarões da Câmera Municipal (era uma antiga residência e hoje funciona como Câmera Municipal), da Fundação Cultural (foi construída em 1878 para abrigar uma fábrica de meias, hoje funciona como um espaço cultural e possui um acervo de documentos e objetos históricos, além de promover oficinas e eventos culturais) e da Casa da Matriz. Ali perto da praça há um calçadão (acessado apenas por pedestres) repleto de lojas e lanchonetes. A vista da igreja nesta rua é muito bonita!
Igreja Matriz de Santo Antônio |
A Câmara Municipal, na Praça da Matriz |
O casarão da Fundação Cultural foi construído em 1878 |
Casa da Matriz (à esquerda) e calçadão de pedestres (à direita) |
O Mercado Municipal (que fica a um quarteirão da Praça da Matriz) é outro local que merece a visita. Começando pela arquitetura, que também é típica do século XIX (e nas cores azul e branco, minhas preferidas). Ali dentro há diversos boxes que comercializam produtos da região, como doces, cachaças, temperos... E em frente fica a Casa do Artesanato, um espaço que comercializa artesanatos regionais. O mercado também faz parte da história de Paraibuna, pois era ali onde se comercializava suínos e os produtos agrícolas produzidos na área rural, lá por volta de 1880.
Os diversos boxes comercializam produtos típicos da região |
Bica d´água |
Paraibuna tem um centro histórico bem conservado e gostei de passear por lá. Infelizmente no dia da minha visita estava chovendo muito e era feriado, então não puder aproveitar tanto o passeio e o comércio estava praticamente todo fechado. Também estava a pé pela cidade, o que me impossibilitou de chegar nos atrativos mais distantes, como mirantes, cachoeiras, fazendas... Quem sabe um dia eu volto! :)
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Todos os textos e fotos contidos nesse blog são minha autoria e não podem ser reproduzidos sem autorização.
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