Viagem realizada em janeiro/2019
Cuiabá, a capital do Mato Grosso, ainda não é tão conhecida pelo turismo. Boa parte dos visitantes acabam desembarcando por ali a negócios ou durante suas viagens a outras cidades mato-grossenses (bem mais turísticas), como Pantanal, Chapada dos Guimarães ou Nobres. Foi exatamente dessa forma que a conheci. Já estive em Cuiabá duas vezes, mas sempre de passagem. A primeira vez, em 2016, foi para ir ao Pantanal (clique
aqui para ler o
post completo) e a segunda, em 2019, para visitar a Chapada dos Guimarães (o relato dessa viagem pode ser acessado
aqui).
Na visita de 2016, conheci apenas o aeroporto (que não fica em Cuiabá, mas em Várzea Grande, cidade vizinha) e o
Várzea Grande Shopping, localizado estrategicamente quase em frente ao aeroporto. Já em 2019, dediquei um dia e meio para conhecer melhor os atrativos da cidade. Foi pouco tempo (dormi apenas uma noite por lá), mas deu para ter uma ideia do que Cuiabá tem a oferecer aos turistas.
Me hospedei no
Hotel Ipanema (eles não tem site, mas dá para encontrar o endereço e o telefone no Google), que fica quase em frente a rodoviária. Achei essa hospedagem uma ótima opção para quem está em trânsito pela cidade. O preço é baixo, o atendimento ok e o sinal de wifi funcionou perfeitamente. As acomodações eram simples (e com a decoração bem
over), mas não senti falta de nada. O café da manhã foi o ponto alto da hospedagem! Muito bem servido e melhor do que o de muitos hotéis mais caros que já me hospedei. Se você estiver a fim de economizar e procura um lugar simples para passar apenas a noite, super recomendo!
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| Hotel Ipanema |
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| Minha suíte |
Toda a área da região central de Cuiabá é tombada como patrimônio histórico e artístico pelo Iphan. Por meio de seus calçadões e belas construções, é possível conhecer um pouco da história da cidade. O primeiro local que visitei foi a
Catedral Metropolitana Basílica do Senhor do Bom Jesus. Essa igreja foi fundada em 1722 e é considerada o ponto turístico mais antigo de Cuiabá (apesar de sua arquitetura moderna). O
Museu Histórico de Mato Grosso fica na mesma praça, a Praça da República, mas não cheguei a visitá-lo.
Outro local que conheci e gostei bastante foi o
Centro Geodésico da América Latina. Esse marco (que simboliza o centro da América Latina) é bem simples (não crie muitas expectativas) e fica em frente à Câmara Municipal de Cuiabá. Um dos detalhes que mais me chamou a atenção foram as gravações que existem no chão. Há o nome de várias cidades brasileiras (e também da América Latina) com a distância que estão de Cuiabá.
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| Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus, por fora e por dentro |
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| Centro Geodésico da América Latina |
O
Museu da Caixa d'Água Velha foi outro lugar que gostei bastante. Bom, pelo nome do museu já deu para perceber que era aí onde funcionava, desde o século XIX, o único reservatório que abastecia a cidade (com as águas vindas do Rio Cuiabá). Hoje, o espaço funciona como um pequeno museu, que também recebe exposições itinerantes. Ali nas galerias subterrâneas estão expostas fotografias e objetos que fizeram parte da história de Cuiabá. Achei a arquitetura do local muito bonita e a visita, apesar de rápida, vale super a pena!
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| Igreja que vi durante a caminhada, mas não sei o nome (à esquerda) e Museu da Caixa d'Água Velha (à direita) |
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| Fotografias contam a história da cidade |
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| Uma das belíssimas galerias subterrâneas do museu |
Continuei minha caminhada pela região central e visitei mais duas igrejas. O
Santuário Nossa Senhora do Bom Despacho fica no alto de um morro e pode ser observado de vários lugares do centro da cidade. Ela foi a segunda igreja construída em Cuiabá, lá no século XVIII. Sua arquitetura imponente é muuuito bonita e dizem ter sido inspirada na
Catedral de Notre Dame (de Paris). Sinceramente não achei tão parecida, mas adorei o desenho da cerâmica do chão. O
Museu de Arte Sacra fica ao lado dessa igreja, mas infelizmente estava fechado durante minha visita. Li que ali estão expostas diversas peças que datam da época da escravidão do Brasil. Deve ser muito interessante!
A
Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito tem a arquitetura bem mais modesta, mas ainda assim exala beleza e muuuita história. Ela foi construída em torno de 1730, em cima de uma antiga mina de ouro, e tem a arquitetura típica da época colonial brasileira. Não consegui visitar seu interior, pois estava fechada, mas li que possui uma decoração barroca-rococó belíssima.
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| Santuário Nossa Senhora do Bom Despacho |
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| Interior do santuário |
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| Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito |
Meu lugar preferido em Cuiabá foi, sem sombra de dúvidas, o
Sesc Arsenal. Fui caminhando do centro até lá (não é tão perto, deve ter dado uns vinte minutos mais ou menos). Esse Sesc ocupa um prédio histórico do ano de 1819, construído pelo exército para o conserto e fabricação de armas. A arquitetura é muito bonita. Na área interna há um pátio com um jardim maravilhoso. Fiquei apaixonada! O gramado é super bem cuidado e verdinho, e há muitas flores, árvores, banquinhos e mesas. Como fui durante a semana, estava bem vazio e pude aproveitar bastante a tranquilidade do local.
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| Sesc Arsenal |
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| Muita tranquilidade e natureza no pátio interno |
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| Detalhes do pátio interno |
Assim como outras unidades espalhadas pelo Brasil, o Sesc Arsenal funciona como um centro cultural. Na construção em volta do pátio há diversas salas, sanitários, restaurante e uma loja que comercializa peças produzidas pelos artesãos da região. Gostei muito dessa loja! Acabei não comprando nada, mas foi muito interessante conhecer um pouquinho do artesanato mato-grossense. Aí nessa loja também há uma pequena exposição de trabalhos manuais indígenas (muito lindos).
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| Restaurante |
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| Loja de artesanato |
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| Me apaixonei por tudo! É uma peça mais linda que a outra. |
O
Parque Mãe Bonifácia, inaugurado no ano 2000, é uma das principais áreas de lazer e o maior parque urbano de Cuiabá. Fui lá e comprovei que ele é enorme mesmo. Quase me perdi lá dentro. Sério! O parque ocupa uma área de 77 hectares e está repleto de pistas para caminhada no meio da mata. São cinco no total, além de
playground, equipamentos de ginástica, coreto fofinho e outras áreas recreativas e de esporte. O parque é muito bem cuidado e frequentado principalmente por famílias e esportistas. É um ótimo espaço para repor (ou gastar) as energias e entrar em contato com a fauna e flora típicas do cerrado. Ah, quase esqueci de contar que vi macaquinhos por lá!
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| Uma das entradas do Parque Mãe Bonifácia |
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| Macaquinho (à esquerda) e coreto fofinho (à direita) |
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| Pistas para caminhada (à esquerda) e estátua da Mãe Bonifácia, a curandeira homenageada pelo parque (à direita) |
Nas margens do Rio Cuiabá, há outro atrativo turístico da cidade: a
Orla do Porto. Esse calçadão que beira o rio é bem bonito e tem uma boa infraestrutura, com restaurantes, mirante, ciclovia e banquinhos. Minha parte preferida foram as coloridas casinhas da
Vila Cuiabana. Esses casarões remetem à época em que Cuiabá era apenas uma vila colonial, porém não são de verdade. Todas as charmosas casinhas são apenas cenário, só existe a fachada e nada mais. Minha visita à orla aconteceu em um domingo à tarde e, sinceramente, não me senti segura nessa região. Boa parte dos restaurantes estavam fechados e não havia muito movimento de pessoas. Acabei ficando apenas uns vinte minutos no local.
Ali pertinho da orla há o
Mercado do Porto, um excelente local para os turistas conhecerem alguns dos ingredientes mais utilizados na gastronomia cuiabana. Centenas de feirantes vendem de tudo ali dentro: há verduras e legumes, frutas, carnes, peixes, farinhas, especiarias, doces regionais... Outros atrativos dessa região são o
Museu do Rio e o
Aquário Municipal, mas ambos estavam fechados no dia da minha visita.
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| Vila Cuiabana |
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| Calçadão da orla do Rio Cuiabá |
Gostei de conhecer Cuiabá. A cidade tem poucos, mas bons e bonitos atrativos. Foi fácil me locomover utilizando transporte público, mas achei diferente eles não terem cobrador dentro dos ônibus e não aceitarem dinheiro como pagamento. É preciso comprar um bilhete e recarregá-lo antes de embarcar. Foi um pouco confuso na primeira vez, mas depois deu tudo certo. Como fiquei pouco tempo na cidade, faltou conhecer alguns lugares, como o
Parque Tia Nair, o
Parque das Águas, o
Museu da Pré-história Casa Dom Aquino e o
Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia. Como tenho muuuita vontade de conhecer Nobres e voltar à Chapada dos Guimarães e Pantanal, é bem provável que eu visite Cuiabá mais vezes!
GOSTOU DE CUIABÁ?
Conheça o
Pantanal e a
Chapada dos Guimarães também!
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