SÃO FRANCISCO DO SUL: A cidade mais antiga de Santa Catarina

Viagem realizada em outubro/2018


O título desse post é bem real. E tem mais: São Francisco do Sul também ocupa o posto da terceira cidade mais antiga do país! Ela começou a ser ocupada em 1504 pelos franceses e, posteriormente, pelos espanhóis e portugueses (que chegaram apenas no século seguinte, formando o primeiro povoado). Essa ilha catarinense respira muita história em seus casarões centenários, praias, cachoeiras e lagoas. Fui conhecê-la durante um feriado que passei em Joinville (se você ainda conhece essa outra cidade catarinense, clique aqui). Peguei um ônibus lá na rodoviária e em, aproximadamente, uma hora e meia já estava passeando pelas ruas e vielas do centro histórico.

O conjunto urbanístico e arquitetônico de São Francisco do Sul é tombado como patrimônio histórico e artístico pelo Iphan. São mais de quatrocentos casarões espalhados pela ilha, mas os mais visitados são os do centro, que beiram a bonita Baía de Babitonga. É muito gostoso caminhar pela orla e ir apreciando com calma os detalhes das construções. Infelizmente o dia estava bem nublado durante minha visita, mas ainda assim aproveitei bastante o passeio.

Uma das ruas do centro histórico
Píer com vista para a Baía de Babitonga

Um pouco da história da ilha pode ser conhecida no Museu Histórico de São Francisco do Sul. Ele ocupa um grandioso casarão do século XVIII (um dos mais antigos da ilha) e possui um acervo bem interessante, com objetos, mapas, documentos e fotos antigas. Como o prédio já serviu de presídio, as salas e corredores são repletos de grades, e as janelas são de ferro. Isso me chamou bastante a atenção! Também há uma solitária nos fundos do museu.

Museu Histórico de São Francisco do Sul
Grades nos corredores (à esquerda) e uma das salas do pavimento superior (à direita)

A Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça também fica ali no centro histórico, na Praça Getúlio Vargas. Ela foi construída em 1665 (com mão de obra escrava) e tem uma bonita arquitetura, bem característica da época. A praça também é bem tradicional, com banquinhos, árvores, flores e um coreto super charmoso.

Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça
Interior da igreja

O Museu do Mar foi um dos locais que mais gostei! Ele ocupa mais de dez mil metros quadrados de alguns dos antigos galpões da cidade (do ano de 1903) e seu acervo é gigantesco. São salas e mais salas (quinze para ser mais exato) repletas de canoas, jangadas, saveiros e centenas de outras tradicionais embarcações. Algumas são réplicas, em tamanho reduzido, já outras são originais. O que achei mais interessante durante a visita foi constatar como nosso país possui um riquíssimo patrimônio naval, e como um pouco da nossa cultura pode ser observada nessas embarcações. Como as salas são temáticas é possível ver as diferenças dos barcos de cada região do Brasil. Foi muito enriquecedor!

Museu Nacional do Mar
Detalhe da arquitetura do museu (à esquerda) e uma das salas do acervo (à direita)

O prédio do Mercado Público Municipal é outra construção que se destaca no centro histórico. Ele foi construído em 1900 com o objetivo de comercializar produtos agrícolas e artesanais da cidade. Hoje, ele abriga diversos boxes que vendem artesanatos, lembrancinhas, frutas e verduras. Também há lanchonete e restaurante. O mercado é pequeno, mas vale a visita! Outras construções que também me chamaram a atenção durante minha caminhada foi um posto de gasolina super antigo e um belíssimo casarão nos fundos da igreja matriz.

Mercado Público Municipal
Posto de gasolina beeem antigo
Casarão localizado atrás da igreja matriz

Além das construções centenárias, o centro histórico também abriga o Parque Ecológico Municipal. Gostei bastante de conhecê-lo! O local é pequeno, mas bem cuidado e repleto de árvores e vegetações, perfeito para contemplar a natureza. Também há uma trilha pavimentada que dá acesso a alguns decks com mirantes. As vistas para a cidade e para a Baía de Babitonga são super bonitas e rendem belas fotos. Dizem que no final da trilha é possível observar resquícios da capela São José (do século XVII), mas sinceramente não vi nada. Não sei porquê, mas a entrada do parque (que é gratuita) fica (estranhamente) dentro da Livraria & Sebo.

Trilha para caminhada (à esquerda) e mirante (à direita)
Vista do mirante para o centro histórico
Barco-pirata ancorado na Baía de Babitonga

Gostei bastante de conhecer São Francisco do Sul, mas como o tempo estava chuvoso, minha visita se restringiu apenas ao centro histórico. Infelizmente não fui em nenhuma praia. Até tentei pegar um ônibus, mas os horários eram bem restritos e não daria tempo de voltar para Joinville (também de ônibus). Sugiro que a visita à São Francisco do Sul seja feita de carro, para facilitar a locomoção. É bem complicado usar transporte público por lá, principalmente aos finais de semana e feriados. Fiquei morrendo de vontade de explorar as praias, cachoeiras e o Forte Marechal Luz. E também não fiz nenhum passeio de barco pelo arquipélago da Baía de Babitonga. Já pode voltar? rs


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