OLINDA: É linda de se ver!

Viagem realizada em setembro/2013


Olinda é linda! Já vou começar o post com esse trocadilho super clichê, mas muuuito verdadeiro. Essa cidade, que um dia já foi a capital de Pernambuco, está localizada na região metropolitana de Recife e apenas oito quilômetros a separam. Olinda é dona de um dos carnavais mais famosos do Brasil, além de ter belas praias e um riquíssimo patrimônio histórico e cultural, herdado lá dos séculos XVI e XVII (época em que o país era uma colônia portuguesa). Seu conjunto arquitetônico (que infelizmente não está tããão bem preservado) é considerado um dos mais antigos do país! Para você ter uma ideia da importância de Olinda, ela foi declarada patrimônio histórico e cultural da humanidade pela Unesco e também como patrimônio histórico e artístico pelo Iphan. Olha que coisa mais linda! s2 

É muito fácil transitar entre Olinda e Recife, até para os não motorizados. Há diversas linhas de ônibus que interligam as duas cidades, passando inclusive na Praia de Boa Viagem (a praia mais turística de Recife). O trajeto demora uma hora, mais ou menos, mas acredito que de carro de aplicativo ou de táxi seja bem mais rápido. Também é possível contratar um tour guiado em alguma agência receptiva. Já deu pra perceber que não tem desculpa pra não visitar Olinda, né? :D Como as duas cidades são próximas, geralmente quem visita uma acaba dando uma passadinha na outra. E foi exatamente assim que a conheci: estava hospedada em Recife (clique aqui para ler o post completo do que conheci por lá) e passei uma tarde em Olinda. Já adianto que foi pouquíssimo tempo e não consegui conhecer nem metade do que tinha planejado. Acredito que o ideal teria sido passar pelo menos uma ou duas noites na cidade. #ficaadica

Como tive pouco tempo em Olinda, optei em conhecer apenas o centro histórico, que é repleto de becos, ladeiras e construções lindíssimas! Comecei meu passeio na Praça do Carmo, onde fica a imponente Igreja do Carmo. Ela foi construída em 1580 e tem estilo barroco, como quase todas as outras igrejas olindenses erguidas nesta época. Depois, subi a Rua de São Francisco, onde está o Convento de São Francisco, fundado em 1585 e considerado o primeiro convento franciscano do Brasil. Seu conjunto arquitetônico, também composto pela Igreja de Nossa Senhora das Neves, três capelas e uma biblioteca (a primeira do estado), é muito bonito! Um dos destaques da construção são os painéis de azulejos portugueses (pintados à mão) que ilustram alguns trechos da vida de São Francisco de Assis. 

Igreja do Carmo
Convento de São Francisco

De lá do convento fui para a Praça da Sé, que fica super pertinho. Essa praça está localizada na parte mais alta do centro histórico, conhecida como Altos da Sé, e possui uma vista M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A. Por ali há mais alguns atrativos, como a Catedral da Sé (é a igreja mais antiga de Olinda, foi fundada em 1540) e o Elevador Panorâmico. Infelizmente o elevador não estava funcionando no dia da minha visita. Daí tive que encarar uma escadaria com mais de cem degraus para acessar o mirante, acredita? Mas o esforço valeu super a pena! A vista lá do topo, em 360 graus, é linda demais! s2 Na praça também rola uma feirinha de artesanatos muito legal, com várias barraquinhas (incluindo algumas comidinhas regionais, como acarajé e tapioca).

Catedral da Sé, vista do mirante do Elevador Panorâmico
Se liga nessa vista!
Farol de Olinda (à esquerda) e vista para a Igreja do Carmo (à direita)

Ainda ali na região dos Altos da Sé também ficam a Igreja Nossa Senhora da Graça (foi erguida no século XVII; o Seminário de Olinda também faz parte de seu conjunto arquitetônico), o Museu de Arte Sacra de Pernambuco (foi fundado em 1977; seu acervo é composto por inúmeras coleções de arte sacra e objetos religiosos, como santos, relicários e pinturas; funciona dentro do antigo prédio da Casa de Câmera, uma das primeiras construções de Olinda), a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (foi construída 1585; anexo à igreja há um convento, que atualmente funciona como pousada e espaço para eventos), a Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia (foi erguida em 1540) e a Casa dos Bonecos Gigantes e Mirins de Olinda

Provavelmente você já deve ter ouvido falar nos bonecos gigantes que divertem (ainda mais) os blocos de rua do carnaval pernambucano. Essa tradição começou lá em 1919, quando o primeiro boneco foi criado, o Zé Pereira. Alguns anos depois surgiram o Homem da Meia Noite, a Mulher da Meia Noite e o Menino da Tarde. A partir daí a coleção só foi aumentando e uma parte dela está exposta aí neste espaço cultural, inaugurado em 2007. Além de fotografar e ver os bonecos de pertinho, também é possível conhecer um pouco da história, curiosidades e detalhes da confecção. Um detalhe que chamou muito minha atenção foi o peso deles. Eles são pesadíssimos e alguns chegam a ter mais de vinte quilos, acredita?

Igreja Nossa Senhora da Graça
Casa dos Bonecos Gigantes e Mirins de Olinda
Os tradicionais bonecos gigantes que animam o carnaval pernambucano
Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia

Desci a Ladeira da Misericórdia, que é cheia de casinhas coloniais super coloridas, e visitei diversas lojas de artesanatos e ateliês. Acho que não comentei, mas Olinda respira arte! Para onde você olhar verá uma pintura, uma escultura ou qualquer outro tipo de expressão artística. É lindo de se ver! No finalzinho dessa ladeira fica o cruzamento mais famoso e animado (na época do carnaval) de Olinda, apelidado de Quatro Cantos. A Rua do Amparo é outra ladeira bem conhecida e é nela onde está localizado o Museu Regional de Olinda. Este espaço cultural funciona como uma casa-museu e ali dentro é possível conhecer como era uma moradia típica pernambucana do século XX por meio de seu mobiliário, louças, pinturas e outros objetos da época. Pertinho dali há mais duas igrejas: a Igreja Nossa Senhora do Amparo (foi construída em 1613) e a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (foi erguida entre os séculos XVI e XVII pela comunidade negra).

Continuei descendo em direção à Rua São Bento (que também tem charmosas casinhas coloniais) e passei por mais quatro atrativos: o Mercado da Ribeira (é o mercado mais tradicional de Olinda, por ali há diversas lojas de artesanatos, além de restaurantes e bares que servem comidas e bebidas típicas; foi construído no século XVII), a Casa de Alceu Valença (abriga o espaço cultural Casa Estação da Luz, onde acontecem inúmeras apresentações musicais, teatrais e de dança, além de exposições, feiras e diversos outros eventos; foi inaugurada em 2021 e pertence à Alceu Valença, um dos maiores nomes da música popular brasileira), o Mosteiro de São Bento (foi construído em 1586 e é considerado um dos conjuntos arquitetônicos mais importantes de Olinda) e o Museu do Mamulengo (é o primeiro museu da América Latina neste gênero; seu acervo é composto por mais de mil bonecos mamulengos, um estilo teatral muito tradicional no nordeste brasileiro).

Olinda tem arte espalhada por todos os cantos
Casinhas coloniais coloridas

Como comentei no início do post, além do centro histórico, Olinda também possui algumas praias em sua rota turística. Infelizmente não tive tempo de conhecer nenhuma, mas anota aí o nome delas: Praia Del Chifre (faz divisa com Recife e é bem extensa; em alguns trechos é praticamente deserta), Praia dos Milagres (é bem pequena e possui uma igrejinha em sua orla, a Igreja de Santa Cruz dos Milagres), Praia do Carmo (também é bem pequena e fica perto da Igreja do Carmo; o Forte de São Francisco é logo ali ao lado), Praia do Farol e Praia do Bairro Novo (são bastante frequentadas por moradores e possuem diversos quebra-mares para tentar conter o avanço do mar), Praia do Quartel (é repleta de prédios na orla e tem o mar super calmo, no estilo piscininha, por conta de alguns arrecifes que impedem as ondas de se aproximarem da orla), Praia da Casa Caiada (é uma das mais movimentadas de Olinda, turisticamente falando, e possui uma ótima infraestrutura, além de ter o mar bem tranquilo), Praia do Riacho Doce (tem o visual super rústico e é bastante frequentada por pescadores e moradores da região; suas águas também são calmas) e Praia da Santa (é a última praia de Olinda; no canto esquerdo há uma escultura de Iemanjá).

Gostei muuuito de Olinda! Amei as ladeiras repletas de casinhas coloniais coloridas, as paisagens incríveis lá dos Altos da Sé e as manifestações artísticas e culturais presentes em cada cantinho da cidade. Olinda respira arte e isso me encantou profundamente! Infelizmente minha passagem por essa cidade foi super curtinha. Conheci pouquíssimos lugares e, boa parte deles, apenas pelo lado de fora. Não tive tempo de visitá-los internamente e me aprofundar em suas histórias e detalhes, como gosto de fazer. Foi uma pena! :( Tenho MUITA vontade de voltar e passar alguns dias por lá, me hospedando na cidade. Quero conhecer mais profundamente o centro histórico, entrar em todos os espaços culturais e igrejas, aproveitar as praias... Comprando a passagem em três, dois, um! :D


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Conheça a capital Recife. Fica ao lado! Se estiver com mais tempo, siga para o litoral sul. Cabo de Santo Agostinho, Tamandaré e Porto de Galinhas possuem praias incríveis!

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