Última viagem realizada em agosto/2025
Mairiporã faz parte da região metropolitana de São Paulo e fica praticamente colada na zona norte paulistana. Por conta dessa proximidade, é um destino ideal para dar aquela fugidinha em um final de semana, feriado ou até mesmo em um clássico rolê bate e volta. Se você mora em São Paulo, provavelmente já deve ter ouvido falar da Serra da Cantareira, a maior floresta tropical urbana do mundo. Essa serra abrange as cidades de São Paulo, Caieiras, Guarulhos e Mairiporã, que é onde está a parte mais preservada. Por conta disso, a cidade é repleta de montanhas, cachoeiras, mirantes, muuuita natureza e diversos cantinhos aconchegantes para curtir aquela vibe gostosa de serra, seja no inverno ou no verão. A viagem será bem curtinha (são apenas trinta quilômetros de distância), mas a sensação será de ter ido para muuuito longe, Pés na Areia garante!
Já estive em Mairiporã diversas vezes e, em uma delas, passei uma semana hospedada por lá. Estava precisando tirar uns dias off e pensei: porque não ir para a Serra da Cantareira? É pertinho, tem natureza e dá para chegar até de carro de aplicativo ou ônibus, caso você não seja motorizado (assim como eu). Depois de muita pesquisa, escolhi a
Pousada Cantareira e amei a experiência! Começando pela localização: ela tem fácil acesso (o caminho é todo asfaltado) e fica bem no topo da serra, longe de tudo mas ao mesmo tempo com um pequeno comércio por perto. O atendimento foi mais um diferencial! Todos os funcionários foram muito gentis comigo, do início ao fim da viagem. A estrutura da pousada é ótima também! A suíte em que fui acomodada era pequena, mas bem completa. Havia uma cama confortável, frigobar, bancada de trabalho, televisão smart, armário, wi-fi, chuveiro quentinho e ar condicionado que também funcionava como aquecedor (ele foi perfeito nas noites frias). Ah, um super plus dessa suíte era a varanda com vista para as montanhas. Foi muito especial e relaxante acordar pertinho da natureza e com uma paisagem tão incrível. E ainda fui agraciada com cinco dias de muuuito sol e céu azul! s2
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Uma excelente opção de hospedagem |
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A suíte em que fui acomodada |
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A vista da varanda era para as montanhas da Serra da Cantareira |
A área externa da Pousada Cantareira era MUITO bem cuidada e agradável. Haviam diversos jardins floridos, com a grama super verdinha (fiquei apaixonada por um canteiro de lavandas que tinha por lá). Isso sem falar na incrível vista para as montanhas, que sempre me acompanhava por onde quer que eu fosse (o entardecer foi um dos momentos mais especiais da viagem)! Parece que todos os ambientes eram perfeitos para o descanso e contemplação da natureza. Além dos jardins, também havia piscina, churrasqueira, um pequeno salão de jogos, muitas redes e cozinha compartilhada (levei várias marmitinhas para comer por lá). Como me hospedei durante a semana, a pousada estava suuuper tranquila e com pouquíssimos hóspedes. Por conta disso, o café da manhã foi um pouco reduzido e servido individualmente nas mesas (e não no estilo buffet self-service). Ainda assim estava gostoso e bem preparado, com itens saborosos e de qualidade (amei o pão de queijo quentinho).
Acho que não comentei, mas fiz essa viagem na companhia do Bartolomeu, meu cachorrinho idoso. Pois é, a Pousada Cantareira também é petfriendly e ele foi SUPER bem recebido por lá. Bartolomeu pode circular livremente por todos os espaços (sempre com a guia e com a minha supervisão, óbvio), incluindo a área da piscina e o salão do café da manhã. Achei isso tão legal! Eles realmente são uma pousada petfriendly! O lugar preferido do Bartolomeu foi as áreas gramadas, onde ele pode caminhar tranquilamente, farejar todos os cantinhos e tirar vários cochilos ao sol, rs.
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Os jardins da Pousada Cantareira eram super bem cuidados |
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Área da piscina e da churrasqueira |
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Olha que delícia esse gramado! Perfeito para um piquenique. s2 |
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Um dos momentos mais especiais do dia: o entardecer |
Pertinho da pousada, coisa de cinco minutinhos andando, havia uma espécie de vila gastronômica super charmosa, o
IL Cantareira. Por ali haviam alguns restaurantes, chocolateria, cafés, hamburgueria, pizzaria, mercado, empório, lojinhas... Resumindo: tinha um pouquinho de tudo! Todos os estabelecimentos eram muito bem decorados e alguns até possuíam um deck externo com vista para a serra e para o pôr do sol. Em todas as tardes da viagem, eu ia para lá comer um docinho, rs. Um dos espaços que conheci foi a
Chocolateria da Serra. Provei um fondue de chocolate com morangos que estava bem gostoso, apesar do preço um pouco elevado. Ah, eles tinham uma área externa onde pude me acomodar com o Bartolomeu.
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Centrinho comercial na Serra da Cantareira |
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Comi um fondue de chocolate com morangos na Chocolateria da Serra |
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Olha essa vista!!!
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Outro local que conheci aí nesta vila gastronômica foi o
Jacques Café. Gostei bastante dessa cafeteria (apesar de também achar os preços elevados)! O ambiente era super gostoso, bem decorado e aconchegante, além de também ser petfriendly. Na parte externa havia um charmoso deck com diversas mesas e vista para as montanhas. s2 Provei uma cheesecake de frutas vermelhas que estava deliciosa. Como era meio de semana, o local estava bem vazio, mas ouvi dizer que aos finais de semana fica lotado, chegando até a ter fila de espera.
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Jacques Café, mais um lugarzinho super aconchegante |
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O espaço é muito agradável e repleto de delícias no cardápio! |
Ali na região também há um outro atrativo turístico bastante conhecido: o
Parque Estadual da Cantareira. Este parque foi criado em 1963 para proteger e preservar uma área de quase oito mil hectares da serra. Infelizmente a entrada não é gratuita e o ingresso tem o valor bem elevado (antes de privatizarem era beeeem mais barato). O ticket pode ser adquirido diretamente na portaria do parque (no dia da visita) ou antecipadamente pelo
site oficial da Urbia, a empresa gestora do local. O parque é dividido em quatro núcleos: Águas Claras, Pedra Grande, Engordador e Cabuçu. Cada um desses núcleos tem atrativos diferentes, porém em todos você terá um contato muito profundo com a natureza e diversas opções de trilhas à disposição. Todas essas trilhas são autoguiadas. Inclusive já fiz diversos percursos sozinha e foi super tranquilo (há seguranças transitando entre as trilhas o tempo todo). Ah, as portarias de acesso também são diferentes (algumas são em São Paulo, outras em Mairiporã e Guarulhos) e não é permitida a entrada de animais domésticos (Bartolomeu ficou em casa dessa vez, rs).
O
Núcleo Águas Claras fica super pertinho da Pousada Cantareira, a apenas três quilômetros de distância. O maior atrativo de lá é o Lago das Carpas, que pode ser acessado pela
Trilha da Suçuarana (que tem um pouco mais de sete quilômetros, somando ida e volta). No entorno do lago há uma boa estrutura, com sanitários, parquinho infantil, diversas mesas para piquenique e um deck. Este local é muuuito bonito e perfeito para relaxar ao som da natureza. Neste núcleo também há outras duas opções de trilhas menores: a
Trilha da Samambaiaçu (com um pouco mais de um quilômetro) e a
Trilha das Águas (com apenas trezentos metros). Ah, tava quase esquecendo de contar que o Núcleo Águas Claras é interligado ao Núcleo Pedra Grande. Isso significa que a partir da trilha principal (a Suçuarana) você também terá acesso aos atrativos deste outro núcleo (e vice-versa).
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Um trechinho da trilha principal, a Suçuarana |
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Chegando no Lago das Carpas |
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Olha que lindo esse lugar! |
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Núcleo Pedra Grande é o núcleo mais conhecido e o que tem o acesso mais fácil para quem mora na capital (é possível chegar até de transporte público). A portaria está localizada no bairro Tremembé, na zona norte paulistana, pertinho do Parque Estadual Alfredo Löfgren (o antigo Horto Florestal). O maior atrativo de lá é um mirante que fica em cima de uma grande formação rochosa e de onde se tem uma vista privilegiada da cidade de São Paulo. Para acessá-lo basta encarar a
Trilha da Pedra Grande, que tem aproximadamente seis quilômetros de extensão (ida e volta). O trajeto é bem tranquilo e todo feito por uma antiga estrada asfaltada. Porém alguns trechos são bem íngremes e isso pode deixar a caminhada cansativa. Caso você prefira um percurso mais fácil, há outras opções mais curtinhas como a
Trilha das Figueiras (tem cerca de um quilômetro), a
Trilha da Bica (tem aproximadamente 1,5 quilômetro de extensão) e a
Trilha do Bugio (é bem curtinha, possui apenas 300 metros). Além das trilhas, o parque também conta com sanitários, bebedouros, espaço para piquenique, parquinho infantil e uma cafeteria localizada ao lado do mirante Pedra Grande. Como comentei anteriormente, este núcleo é interligado ao Núcleo Águas Claras, então a partir da trilha principal (a Pedra Grande) também é possível acessar as trilhas deste outro núcleo. Se você quiser ler um pouco mais sobre o Núcleo Pedra Grande, clique
aqui e acesse o post exclusivo deste rolê.
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Plaquinha na entrada do Núcleo Pedra Grande |
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O percurso até a Pedra Grande é feito em uma antiga estrada asfaltada |
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O mirante da Pedra Grande |
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O bugio, um dos moradores mais famosos da Serra da Cantareira |
O Núcleo Engordador também fica na zona norte paulistana, no bairro Jardim Cachoeira (e também é possível chegar de transporte público). Neste núcleo há três cachoeiras: a Cachoeira do Tombo, a Cachoeira do Engordador e a Cachoeira do Véu. Para acessá-las é necessário encarar seis quilômetros de caminhada na Trilha da Cachoeira (ida e volta). Fiz esse percurso e achei bem cansativo. Parecia que as cachoeiras não chegavam nunca, rs! Além dessa trilha principal, também há mais duas: a Trilha do Macuco (com apenas setecentos metros) e a Trilha Mountain Bike (possui quatro quilômetros de extensão e como o próprio nome sugere, só pode ser percorrida de bicicleta). Este núcleo também dispõe de um centro de visitantes, estacionamento, parquinho infantil e sanitários, além da Represa do Engordador, uma belíssima área para piquenique e a histórica Casa da Bomba (de 1894). Dentro deste espaço estão expostos uma caldeira e duas bombas de água beeem antigas. Antigamente este local era responsável pela captação de água que abastecia alguns bairros da capital paulista.
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Centro de Visitantes do Núcleo Engordador |
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Este núcleo é um dos mais bonitos! |
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Há uma represa por lá, a Represa do Engordador |
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A trilha principal tem seis quilômetros de extensão |
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Uma das cachoeiras da trilha principal |
O último núcleo que conheci foi o Núcleo Cabuçu. A portaria de acesso fica na cidade de Guarulhos, mais exatamente no bairro Jardim São Luís, e também é possível chegar de transporte público. Por ali há quatro trilhas, além de um centro de visitantes, estacionamento, parquinho infantil, área para piquenique e a histórica Barragem Cabuçu. A trilha principal é a Trilha da Cachoeira, que possui cinco quilômetros de extensão (ida e volta) e finaliza na pequena Cachoeira do Cabuçu. Também há outros percursos menores, como a Trilha do Sagui (com setecentos metros), a Trilha do Tapiti (com um pouco mais de duzentos metros) e a Trilha Jaguatirica (com um quilômetro de extensão). Informação importante: este núcleo não é gerenciado pela Urbia, o que significa que o ingresso é beeem mais barato. #ficaadica
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Centro de Visitantes do Núcleo Cabuçu |
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O Lago Cabuçu é lindo! |
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Sapinho (à esquerda) e Cachoeira do Cabuçu no final da trilha principal (à direita) |
Gosto bastante de Mairiporã! Essa cidade tem aquele vibe gostosa de serra, com muuuita natureza ao redor. E sabe qual é a melhor parte? É que fica super pertinho da capital! Em questão de minutos é possível se desligar da confusão de São Paulo e curtir a calmaria da Serra da Cantareira. Mairiporã é praticamente um refúgio de paz e tranquilidade. Infelizmente ainda não conheci todos os lugares que gostaria, mas o lado bom disso é que sempre tenho um motivo para voltar! Ainda quero visitar o
Pico do Olho D'Água, o complexo
O Velhão, o
Instituto Mairiporã Thomaz Cruz, a
Basílica de Nossa Senhora do Rosário... Eita que tem muito lugar pra conhecer nessa lista! :D
GOSTOU DE MAIRIPORÃ?
Aproveite a viagem e conheça a capital
São Paulo ou
Atibaia, ambas as cidades ficam próximas.
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