TIBAGI: Cânions, cachoeiras e muitas trilhas

Viagem realizada em fevereiro/2016.


Tibagi foi uma surpresa nessa minha vida de viajante! Estava organizando o roteiro de uma viagem pela região dos Campos Gerais, no Paraná, quando descobri que essa cidadezinha ficava ao lado de Ponta Grossa, local onde estaria hospedada. Mas a maior descoberta foi saber que lá tem um cânion, que é considerado o sexto maior do mundo em extensão!!! E esse cânion fica dentro do Parque Estadual do Guartelá, que tem vááárias trilhas e onde dá para fazer vááárias atividades de ecoturismo. Diz aí se não é para ficar feliz! :)

Lá de Ponta Grossa tem um ônibus (da viação Iapó) que vai até Tibagi. Ele passa em frente ao portal da entrada do parque, que fica na rodovia, no meio do nada, rs. Se a sua opção para chegar ao parque for esse ônibus, não saia do hotel sem consultar os horários que ele passa, porque são pouquíssimos por dia. Depois é só pedir ao motorista para descer no portal do parque (há um ponto de ônibus bem em frente). Outras opções de transporte é ir de veículo próprio (bem melhor) ou contratar alguma agência de turismo (lá no centro de Tibagi tem algumas).

Ao lado desse portal fica uma agência de turismo (não me lembro o nome), onde você pode contratar ou agendar alguma atividade de ecoturismo que queira fazer dentro do parque (ou pela região). Porém, a maioria dessas atividades deve ser feita com veículo próprio. Há poucas opções para os não motorizados... Por conta disso acabei fazendo apenas as trilhas "básicas" do parque, que são muuuito legais e gratuitas. Depois de passar pelo portal, há uma estradinha de terra (com cerca de um quilômetro e meio) que termina na portaria do parque. Nessa portaria ficam vários guias ambientais para recepcionar os visitantes e dar explicações ou tirar dúvidas sobre as trilhas. Também é necessário preencher uma fichinha para que eles possam ter um controle dos visitantes.

Portal de entrada do Parque Estadual do Guartelá
Estradinha que liga o portal à portaria
Corujinha

E finalmente chegou a hora de começar a caminhada! Essa trilha "básica" tem aproximadamente cinco quilômetros de extensão. A ida foi bem tranquila, pois todo o percurso é uma descida. Fiquei encantada com as paisagens! São 360 graus de montanhas e muuuito verde. Uma delícia! Dá para esquecer da vida por lá. No final da descida há um campo todo gramado com vários carneirinhos (ou seriam ovelhas? rs). Eles são super fofos e tranquilos! É nesse local que a trilha realmente começa. Ela é chamada de básica porque é autoguiada e gratuita, e nos leva à três atrativos do parque: o mirante, os panelões e a cachoeira. Há muitas outras trilhas espalhadas pela região, mas que precisam ser agendadas com antecedência com um guia ambiental.

Paisagem da descida para as trilhas
Carneirinho fofo (ou seria uma ovelha?)
Entrada das trilhas

A partir de agora a trilha é feita por caminhos de terra ou em passarelas de madeira. As paisagens continuam lindas! E foi justamente para preservar toda essa natureza que o Parque Estadual do Guartelá foi criado, no ano de 1992. A fauna e a flora, nesses mais de 790 hectares, são muuuito ricas. Vi alguns pássaros diferentes e uma corujinha fofíssima!!! Fiquei encantada com ela. A primeira parada que fiz foi no Mirante. A vista é linda!!! Dá para ver muitas montanhas, os paredões rochosos dos cânions e as corredeiras do Rio Iapó. Fiquei um tempão aí, admirando a paisagem e aproveitando para descansar um pouquinho. Esse mirante tem duas plataformas: a de madeira (na parte de cima) e a de terra (que fica embaixo da plataforma de madeira).

A maior parte das trilhas são feitas nessa passarela de madeira
Um pedacinho do cânion
As correntezas do Rio Iapó e o Cânion Guartelá

O próximo atrativo que visitei foi os famosos Panelões do Sumidouro. Esse foi o local mais cheio de turistas durante todo o passeio (já que era a única parte do parque que dava para se refrescar do calorão que estava fazendo). Os panelões são grandes buracos formados naturalmente no chão de arenito. As correntezas do rio preenchem esses buracos com água, criando uma espécie de hidromassagem natural. Não tive coragem de entrar, mas os turistas pareciam se divertir muito por ali.

Os panelões
Panelão

Minha última parada foi na Cachoeira da Ponte de Pedra. Achei esse trecho da trilha um pouco complicado. Não há um caminho de terra ou plataformas de madeira para serem seguidas. A trilha é feita no meio de grandes pedras e quase me perdi em alguns momentos. Quando estava quase desistindo, consegui encontrar o caminho e cheguei na cachoeira. Ela é muito bonita e peculiar, pois no meio da queda d'água há uma ponte de pedra (que também foi formada pela ação da natureza). Por questões de segurança, não é permitido atravessar a ponte. Os duzentos metros de queda d'água podem ser admirados a partir de um mirante lindíssimo que fica bem ao lado.

Cachoeira
Mirante

Adorei ter conhecido o Parque Estadual do Guartelá. Realmente esse local foi uma surpresa durante minha viagem, pois nem imaginava que ele existisse. Gostei de todos os atrativos do parque e fiquei com uma super vontade de fazer as outras trilhas (inclusive a das pinturas rupestres). Também me senti muuuito segura por lá. Isso é um ponto muito importante para mim, pois quase sempre viajo sozinha. Há vários guias ambientais espalhados pelas trilhas e eles ficam monitorando os visitantes o tempo todo (usam até rádio para se comunicarem). Sem falar no atendimento que foi excelente (desde o primeiro contato por e-mail até a hora de ir embora). Infelizmente não deu tempo de conhecer o centrinho de Tibagi e os outros atrativos dessa região dos Campos Gerais. Quero voltar!!!


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Visite também Ponta Grossa e Carambeí. Essas duas cidades ficam bem pertinho.

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