Viagem realizada em agosto/2018
Campina Grande é a segunda maior cidade da Paraíba. Por conta disso recebeu até o apelido de
Rainha da Borborema (em referência ao nome do planalto onde está localizada). A proximidade com João Pessoa (são apenas 130 quilômetros de distância) faz com que muitos turistas que estão hospedados na capital façam um bate e volta até ela. Foi exatamente dessa forma que a conheci. Durante minha viagem à João Pessoa (clique
aqui para conferir esse rolê), contratei a agência
Luck Receptivo para fazer esse passeio (que é combinado com
Ingá). Foi um dia bem corrido, mas deu para conhecer um tiquinho da cidade.
Descobri por exemplo que teve uma época em que Campina Grande foi considerada a segunda maior exportadora de algodão do mundo (perdendo apenas para Liverpool, na Inglaterra)! O algodão foi tão importante para o crescimento econômico da cidade que ficou conhecido como "ouro branco". Todo esse passado de muito trabalho e prosperidade pode ser visto no
Museu do Algodão. Esse museu fica dentro do prédio onde funcionava a antiga estação ferroviária da cidade, a
Estação Velha. Achei a arquitetura e o acervo do museu muito interessantes! Lá estão expostos ferramentas e maquinários utilizados na produção e fabricação do algodão. Também há documentos e fotos desse período, além do
Memorial do Trem e a
Galeria de Artes Isaías de Ó. O prédio é tombado como patrimônio pelo IPHAEP e foi construído em 1907, época em que o trem chegou à Campina Grande para ajudar no escoamento da produção algodoeira.
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Museu do Algodão |
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Acervo do museu |
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Locomotiva exposta na área externa do museu |
Outro local que visitei foi o
Açude Velho, um dos principais cartões postais de Campina Grande. Esse açude está localizado na região central e teve uma importância fundamental no desenvolvimento da cidade. Ele foi construído entre os anos de 1824 a 1828 para abastecer a população e as primeiras industrias durante os períodos de seca. Infelizmente, as águas do açude não são mais potáveis como antigamente, mas ainda assim é um local bastante agradável e bonito. No entorno de todo o açude há espaços para lazer e prática de esportes, museus e monumentos que ajudam a contar um pouquinho da história de Campina Grande.
O
MAAP, o
Museu de Arte Popular da Paraíba (também conhecido como
Museu dos Três Pandeiros), é um desses espaços. Ele foi inaugurado em 2012 e foi uma das últimas obras assinada pelo maravilhoso arquiteto Oscar Niemeyer. O formato do prédio é muito bonito e inusitado! Ele é composto por três edificações suspensas espelhadas que lembram o formato de pandeiros. O acervo de cada disco é dedicado a uma área da cultura popular paraibana: artesanato, música e xilogravura e cordel. Infelizmente esse museu estava fechado para manutenção durante minha visita à Campina Grande e não pude conhecê-lo, mas certamente deve ser um excelente passeio.
O
Monumento aos 150 anos de Campina Grande é outro ponto turístico que está localizado às margens do açude. Essa construção tem como objetivo homenagear os tropeiros responsáveis pelo desenvolvimento da cidade. A arquitetura do prédio (onde funciona o
Museu Digital) é muito bonita e contemporânea, e chama a atenção de longe. O monumento enorme dos tropeiros parece sair de dentro do prédio, misturando tradição e modernidade. Também não visitei o interior desse museu.
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Açude Velho, um dos principais cartões postais de Campina Grande |
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Natureza nas margens do açude |
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Museu de Arte Popular da Paraíba |
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Monumento aos 150 anos de Campina Grande |
A
Vila do Artesão foi um dos meus locais preferidos. Fiquei apaixonada pelo artesanato da Paraíba (principalmente pelas peças produzidas com o algodão colorido). É muito bonito e criativo. A estrutura da Vila do Artesão é uma graça! Realmente parece uma vila repleta de casinhas coloridas e bandeirinhas de São João. Há mais de setenta chalés onde os artesãos comercializam seus trabalhos produzidos com as mais diferentes matérias-primas, como couro, barro, fios, madeira, algodão colorido, pedra, tijolo e tecidos. Na vila também há uma capelinha e uma praça de alimentação bem típicas. Tudo é muito alegre e colorido. A cara de Campina Grande! Infelizmente não comprei nada (foi uma viagem econômica), mas foi difícil me conter, rs.
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Entrada da Vila do Artesão |
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Casinhas coloridas (à esquerda) e chaveirinhos de Lampião e Maria Bonita (à direita) |
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Praça de alimentação |
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Mais alguns detalhes da Vila do Artesão |
Outro local que visitei bem rapidamente foi o
Parque do Povo. É aí onde acontece o maior evento da cidade: o
São João de Campina Grande. Essa festa acontece anualmente desde 1983 e é tão, mas tão famosa que ficou conhecida como o "O Maior São João do Mundo". Durante os meses de junho, a cidade lota de turistas. Para se ter uma ideia da grandiosidade do evento, cada noite da festa recebe em média cem mil visitantes. É muita gente! É muito São João! É muita festa!
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Parque do Povo |
A última parada do dia foi no restaurante rural
Casa de Cumpade, localizado no distrito de Galante (bem pertinho de Campina Grande). O restaurante fica dentro da
Fazenda Olho D'Água e ocupa uma área com mais de duzentos hectares. A estrutura do local é ótima e super temática! Tudo por ali remete as tradições culturais paraibanas. Além do restaurante, há uma vila cenográfica MUITO fofa (perfeita para fotografar) e um redário. Fiquei um tempão por ali, descansando do dia agitado (e levando várias picadas de mosquitos, rs). Infelizmente não almocei, pois achei um pouco caro. Fica pra próxima!
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Restaurante Casa de Cumpade |
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Vila cenográfica típica do interior paraibano |
Adorei conhecer Campina Grande! Achei a cidade super alegre e festiva. É como se o clima do São João permanecesse por ali o ano inteiro. O artesanato produzido com o algodão colorido também foi outra coisa que me chamou bastante a atenção. As cores e as peças criadas com essa matéria-prima típica da região são muito lindas e encantadoras. Gostaria de ter visitado os museus com mais calma e ter andando mais pelas ruas. Infelizmente essa é a parte ruim de fazer passeios com agências: o tempo acaba sendo pouco para a quantidade de coisas que a cidade oferece. Quem sabe um dia não volto para ficar mais tempo? :)
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