PARATY: História, arquitetura e praias lindas

Última viagem realizada em dezembro/2018



Paraty é uma graça!!! Já estive por lá duas vezes e voltaria muitas e muitas vezes mais. Ela está localizada ao lado de Ubatuba/SP e é dona de um dos mais importantes patrimônios históricos do Rio de Janeiro (e do Brasil!). Sua fundação é do ano de 1531, época conhecida como Ciclo do Ouro. Todo o ouro retirado de Minas Gerais era trazido para o porto de Paraty (pela Estrada Real) e daí embarcado à Portugal. Hoje, essa cidade é um dos destinos turísticos mais concorridos do Rio de Janeiro e abriga um dos festivais literários mais famosos do mundo: a Festa Literária Internacional de Paraty (mais conhecida como Flip, que acontece anualmente durante o mês de julho).

A primeira vez que fui à Paraty foi no ano de 2008. Estava hospedada em Trindade e fiz um bate-volta rapidinho em dois dias da viagem. Já na minha segunda visita, decidi me hospedar no centro de Paraty mesmo e foi uma experiência bem legal. Escolhi a Pousada Refúgio de Paraty e adorei (eles não tem site, mas podem ser encontrados no Booking.com). A localização é ótima! Eles não estão grudados no centro histórico, mas é perto, coisa de dez minutos caminhando. Ao redor há bastante comércio e ponto de ônibus (bastante útil para quem está viajando sem carro). A estrutura da pousada é nova e bastante confortável. Na minha suíte havia ar condicionado, wifi, tv a cabo, frigobar... Só senti falta do café da manhã. Infelizmente eles não fornecem, mas acho que mesmo assim valeu super a pena me hospedar lá e com certeza voltaria mais vezes. Ah, o atendimento também foi bem simpático e hospitaleiro!

Interior da Pousada Refúgio de Paraty
Minha suíte

Desde que estive em Paraty pela primeira vez, o que mais me chamou a atenção é a diversidade de coisas para se fazer. Tem praias, ilhas, cachoeiras, passeios de barco, mergulho, alta gastronomia, alambiques... Tem passeio para todos os tipos de viajantes! Outra coisa que achei bastante curiosa é que, ao mesmo tempo em que Paraty é uma cidade litorânea, ela também tem um certo ar de interior. Isso acontece porque está perfeitamente localizada entre a serra e o mar. Diz aí se não é delicioso encontrar um lugarzinho com essas duas maravilhosidades juntas? rs

O clima de interior que falo pode ser desfrutado lá no centro histórico. Vocês já devem ter percebido que AMO cidades históricas, né? Acho uma delícia caminhar pelas ruas e vielas salpicadas de casinhas coloniais coloridas e aquelas tradicionais pedras irregulares no chão. É muito encantador! Mas acreditem: apesar de já ter ido duas vezes à Paraty, não consegui desbravar com calma esse centrinho. Em minhas duas visitas fui abençoada por uma chuva lascada e, infelizmente, acabei conhecendo pouca coisa.

Ah, essas casinhas coloridas... s2
Casarão colonial
Em cada cantinho há um detalhe charmoso

O centro histórico de Paraty é composto por mais de vinte quarteirões. E em cada cantinho que você olhar vai ter algum detalhe charmoso, como uma janela colorida ou flores envolvendo uma fachada. Felizmente, aí nessa pequena região da cidade não é permitida a circulação de carros e boa parte dos casarões coloniais estão bem conservados. Algumas dessas construções abrigam ateliês, restaurantes, lojinhas, mercados ou pousadas. O centrinho também possui quatro igrejas: a Igreja Matriz, a Igreja Nossa Senhora das Dores, a Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito e a Igreja de Santa Rita. Não sei se essas igrejas ainda funcionam ou se abrem para visitação (nas duas vezes em que estive em Paraty, elas estavam fechadas). Outra informação importante é que o Rio Perequê-Açu deságua ali no mar de Paraty, deixando a cidade ainda mais bela.

Igreja de Santa Rita
Uma das ruas de Paraty (à esquerda) e Igreja Matriz (à direita)
Rio Perequê-Açu

É aí do centro histórico que saem os tradicionais passeios de barco pelas praias e ilhas da região. O pier fica bem pertinho da Igreja de Santa Rita, é quase impossível não ver. Ele está sempre LOTADO de barcos dos mais diferentes formatos, cores e tamanhos. O passeio pode ser comprado direto com o barqueiro ou com as agências receptivas que ficam no centro.

O passeio que fiz durou o dia todo e teve esse roteiro: Ilha Comprida, Praia da Lula, Lagoa Azul e Praia Vermelha. A primeira parada foi na Ilha Comprida. Não desembarcamos nessa ilha porque ela não possui praia e é formada apenas por um grande rochedo. O grande atrativo dessa parte do passeio são os peixinhos. Aí nessa região tem MUITOS! Boa parte do pessoal do barco foi para o mar fazer flutuação, mas como tenho um pouco de medo, fiquei vendo os peixinhos de lá cima do barco mesmo, rs. Na sequência, navegamos mais um pouco e desembarcamos na Praia da Lula. Essa praia é muito bonita e foi uma das minhas preferidas! Como já estava próximo do horário do almoço, partimos para a Lagoa Azul, local onde o almoço foi servido. Como estava economizando, acabei almoçando apenas no final do passeio, quando voltei para o centrinho de Paraty. A última parada do dia foi na Praia Vermelha, que é muito bonita também (vi até uma estrela do mar)! Super valeu a pena fazer o passeio.

Vista do Centro Histórico
Chegando na Ilha Comprida
Peixinhos
Praia da Lula 
Nossa escuna
Praia Vermelha
Vimos até uma estrela do mar

Pertinho do centro histórico tem duas praias que podem ser acessadas a pé: a Praia do Pontal e a Praia do Jabaquara. Sinceramente não gostei de nenhuma delas. Na minha opinião, as praias mais bonitas de Paraty são as mais afastadas do centro.

Praia do Jabaquara
Macaquinho no telhado de uma das casas da Praia do Jabaquara

Como comentei no início do post, Paraty tem uma diversidade incrível de passeios. Saindo do centro histórico e indo em direção à serra, há vários outros atrativos que merecem uma visita. A rota dos alambiques é um desses lugares que vale a pena dar uma paradinha (mesmo que você não curta beber). Lá no período colonial, Paraty era considerada a maior produtora de cachaça do Brasil! Nessa época, haviam mais de cem alambiques espalhados pela cidade, mas apenas alguns sobreviveram até hoje.

O primeiro que conhecemos foi o Alambique Pedra Branca. Essa cachaçaria fica dentro de um sítio e tem uma área verde e uma vista belíssimas! O jardim é muito bem cuidado e cheio de detalhes fofos. Em uma das casinhas funciona uma loja, onde há degustação e venda da tradicional Cachaça Pedra Branca. Já no outro prédio, que fica um pouco mais adiante, é possível conhecer todo o processo artesanal da fabricação do destilado. Eu não bebo (e não comprei nada), mas mesmo assim, gostei bastante de conhecer o local.

Alambique Pedra Branca
Adorei o rótulo das garrafas
Sala onde a cachaça é fabricada
Equipamentos históricos espalhados pelo jardim

O segundo alambique que visitamos foi o Alambique Paratiana, que fica super próximo do Pedra Branca. A lojinha funciona dentro de um casarão histórico super bonito. No andar superior, há o Museu da Cachaça, onde alguns equipamentos e ferramentas utilizados na processo de fabricação do destilado estão expostos. Já do lado de fora, há muito verde, ar puro e até um riacho! Nem preciso dizer que também gostei bastante desse lugar, né?

Alambique Paratiana
Riacho e gatinho s2

O último alambique que conhecemos foi o Alambique Engenho D'Ouro. Como já tínhamos visitados duas cachaçarias neste mesmo dia, acabamos fazendo uma visita super superficial. O que mais gostei foi de uma capelinha construída em cima de uma grande pedra, que ficava do outro lado da rua, a Igreja Nossa Senhora da Penha.

Restaurante em frente ao alambique
Igreja Nossa Senhora da Penha, por dentro e por fora

É também neste local que ficam mais dois atrativos super famosos de Paraty: a Cachoeira do Tobogã e o Poço do Tarzan. A trilha é bem tranquila e demarcada, e super curtinha. Não deu nem cinco minutos caminhando! A Cachoeira do Tobogã é uma pedra ENOOORME (e aparentemente escorregadia) por onde a água corre e os mais ousados surfam, caindo no poço que existe logo abaixo. Quem não tem tanta ousadia e habilidade, pode ir sentado e apenas escorregar na pedra (que também parece bem divertido). Como sou medrosa, não fui (óbvio), mas fiquei um tempão lá vendo o pessoal descer e é bem engraçado! Um pouco mais acima há uma outra pequena cachoeira, onde fica o Poço do Tarzan, e uma ponte pênsil que dá acesso a um restaurante super charmoso e rústico (a lá casa do Tarzan). Ah, o acesso a esses dois atrativos é gratuito!

Trilha no meio do mato. Gostamos!
Cachoeira do Tobogã
Ponte Pênsil

Outras cachoeiras que conhecemos foi a Cachoeira da Pedra Branca e o Poço da Usina. As duas ficam dentro de uma propriedade privada e é preciso pagar uma pequena taxa na entrada. A trilha é super tranquila, demarcada e bem cuidada. Apenas no último trecho (para acesso à Cachoeira da Pedra Branca) é preciso subir uma pedra, mas há uma corda para ajudar. A cachoeira principal (essa da Pedra Branca) estava muito lotada e preferimos ficar no Poço da Usina (que fica no primeiro acesso, na parte de baixo), beeem mais tranquilo. E lindo!

Pequena trilha que leva ao paraíso
Atrativos da trilha, rs
Um pedacinho da cachoeira (à esquerda) e caminhada pela pedra (à direita)
Poço da Usina, beeem mais tranquilo!

Conheci muitos lugares lindos nessas minhas duas idas à Paraty, mas acreditem: ainda não deu para conhecer tudo! Há muitas outras cachoeiras, trilhas e praias que quero conhecer (como a Ponta da Juatinga, Cajaiba...). Paraty é o tipo de destino que não enjoa e dá sempre vontade de voltar. Como falei no início do post, gosto muito dessa cidade pela diversidade de passeios que oferece. Ela é bem completa e agrada diversos tipos de viajantes. Nem preciso dizer que quero voltar, né?


GOSTOU DE PARATY?
Aproveite a viagem e conheça Trindade. Fica ao lado!

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