Viagem realizada em dezembro/2017
Torres é a cidade mais procurada do litoral norte gaúcho. Ela fica a aproximadamente duzentos quilômetros de Porto Alegre e faz divisa com Santa Catarina. Durante boa parte do ano, a cidade é super pacata e tranquila, mas com a chegada do verão, Torres se transforma! Os quilômetros e quilômetros de praias de areia branquinha ficam lotados de turistas. O famosíssimo
Festival Internacional de Balonismo (considerado o maior da América Latina) também movimenta muito a cidade entre os meses de abril e maio. Desde que esse evento foi criado, há trinta anos atrás, Torres tem se consolidado ainda mais como cidade turística. Hoje ela é conhecida internacionalmente como a "Capital Brasileira do Balonismo".
A cidade ganhou esse nome por causa dos três paredões rochosos (de origem vulcânica) localizados em suas praias: a
Torre do Norte, a
Torre do Centro e a
Torre do Sul. Não faço ideia da altura desses rochedos, mas são muuuito altos! E muuuito lindos! Sempre via fotos dessas praias nos blogs de viagem e ficava morrendo de vontade de conhecê-las por terem esse visual tão diferente. Até que um dia a viagem deu certo e lá fui eu aproveitar três dias na cidade litorânea mais badalada do Rio Grande do Sul.
Escolhi o
Farol Hotel para me hospedar e foi uma experiência ok. As instalações são bem antigas e acho que poderiam ser modernizadas. Já a localização é excelente! Fica bem no centro, perto de muito comércio, e a apenas duas quadras da Prainha. Também gostei do atendimento, do sinal do wifi (funcionou direitinho durante todos os dias) e do café da manhã (era ótimo, com muita variedade de pães, bolos e frutas).
|
Farol Hotel |
O centrinho de Torres é ótimo e adorei a cidade assim que desembarquei na rodoviária. Achei a infraestrutura excelente! Tem muuuitos hotéis, pousadas, lojas, restaurantes, lanchonetes, sorveterias... Enfim, muito comércio. E tudo é super pertinho. Foi muito agradável caminhar pelas ruas (super limpinhas) e ir descobrindo alguns cantinhos super charmosos, como a
Igreja de São Domingos, por exemplo. Essa igreja é a construção histórica mais importante de Torres e, por conta disso, foi até tombada como patrimônio do estado. Ela tem estilo colonial e começou a ser erguida em 1819. Também gostei bastante da
Praça XV de Novembro. Ela tem um coreto super fofo e diversos banquinhos charmosos.
|
Igreja de São Domingos |
|
Praça XV de Novembro |
A
Lagoa do Violão também ficava ali pertinho do hotel, no centro, e foi outro local que gostei de conhecer. Ela tem esse nome por causa do seu formato, que parece um violão. Em todo o entorno há um calçadão super gostoso para caminhar e contemplar a natureza. No primeiro dia da viagem, vi o sol se pondo dali e foi M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O! Super recomendo!
|
Lagoa do Violão |
|
Entardecer na lagoa |
Acho que ainda não comentei, mas não tive muita sorte com o tempo durante minha estadia em Torres. Peguei sol em apenas um dia e nos outros passei um frio danado. E olha que era verão! Teve até garoa fininha, daquela que faz esfriar ainda mais, sabe? Enfim, não consegui aproveitar muito as praias, mas deu para descansar e conhecer a cidade.
Depois de caminhar pelo centro de Torres, fui explorar o lado norte das praias. Caminhei bastante pelo calçadão até chegar nos
Molhes, onde o
Rio Mampituba faz a divisa dos estados Rio Grande do Sul e Santa Catarina. É daí da margem do rio que saem os passeios de barco para a
Ilha dos Lobos. Essa ilha é a menor reserva ecológica do Brasil e a única do estado gaúcho. Ela tem esse nome porque é habitada por lobos e leões-marinhos, que chegam do Uruguai e da Argentina em busca de águas mais quentes para se alimentarem e se acasalarem, entre os meses de julho a novembro. Como o tempo estava ruim, não consegui conhecer essa ilha, mas me pareceu ser um passeio muito interessante!
Outro local que adorei foi a
Ponte Pênsil que liga os dois estados. Ela é muito bonita e rende belas fotos, mas acreditem: não consegui atravessá-la porque fiquei com medo! kkkkk Ela balança muito e acabei amarelando... Mas mesmo assim gostei muito de conhecê-la! Essa rua que margeia o rio é conhecida como uma rota gastronômica de Torres. Há muitos restaurantes especializados em frutos do mar e churrascarias. Almocei em um deles e gostei bastante!
|
Calçadão da Praia Grande |
|
Molhes |
|
Ponte pênsil sob o Rio Mampituba (à esquerda) e ave (à direita) |
No outro dia fui conhecer as praias do sul de Torres, onde estão os famosos paredões rochosos. A
Praia Grande foi a primeira delas. Ela tem dois quilômetros de extensão e uma larga faixa de areia. Acho que é a praia que tem a melhor infraestrutura, pois vi vários quiosques em sua orla. Ela começa ali no centro, ao lado da Prainha, e termina nos Molhes, onde fica o Rio Mampituba. A
Prainha, que fica entre a Praia Grande e o Morro do Farol, também é conhecida como
Praia do Meio e é bem curtinha. Como tem muitas pedras, não é indicada para banho.
O
Morro do Farol, também chamado de
Torre do Norte, foi o primeiro rochedo que fui conhecer. O acesso ao topo é bem fácil, tanto para quem está a pé, quanto para quem vai de carro. A caminhada, a partir do centro, não dura nem dez minutos. Lá no alto do morro fica o
Farol de Torres (construído em 1911) que tem uma vista panorâmica muito bonita para a Praia Grande e a Praia da Cal.
|
Praia Grande |
|
Morro do Farol visto da Prainha |
|
Vista para a Prainha e a Praia Grande (à esquerda) e o Farol de Torres (à direita) |
|
Praia da Cal e o Morro do Farol ao fundo |
Ali no final da Prainha tem um calçadão que contorna o Morro do Farol e termina na
Praia da Cal. Essa praia também é pequena: tem apenas oitocentos metros de extensão. Porém, ao contrário da Prainha, ela é super movimentada! No canto direito fica a portaria do
Parque da Guarita. Esse parque também é uma reserva ecológica e tem mais de trezentos hectares. É aí onde estão as outras duas torres da cidade: a Torre do Centro e a Torre do Norte.
O acesso à
Torre do Centro (também chamada de
Morro das Furnas) é feito através de uma escadaria. A vista lá do alto é L-I-N-D-Í-S-S-I-M-A e compensa todo o cansaço da subida. Fiquei apaixonada por esse lugar. Sério! O topo da torre é todo gramado, perfeito para caminhar, e há diversos paredões, grutas e penhascos durante o percurso. É muito gostoso ficar ali, ouvindo apenas o barulho do mar batendo nas rochas e contemplando a paisagem. É muito relaxante e dá uma sensação de paz enorme! Em alguns trechos é permitido descer mais próximo ao mar, mas como a água estava muito agitada (e eu estava sozinha), fiquei com receio e não fui.
|
Entrada do Parque da Guarita |
|
Paredões altíssimos |
|
Em alguns locais é permitido descer e chegar mais próximo ao mar |
|
O caminho é todo gramado |
|
Florzinha e borboletinha lindas! |
Após cruzar todo o Morro das Furnas, cheguei na
Praia da Guarita, outro cartão postal de Torres. Essa praia também é pequena e é nela onde está a última torre da cidade: a
Torre do Sul (ou
Torre da Guarita). Esse pedacinho do parque é muito bonito e tem um projeto paisagístico lindo desenvolvido por Burle Marx! Além da praia e da torre, há um lago, lanchonete e estacionamento.
|
Golfinho (à esquerda) e paredão rochoso da Torre Sul (à direita) |
|
Praia da Guarita |
|
O projeto paisagístico é lindo! |
Ali na Torre Sul há uma escadaria que termina no topo do morro. Bom, nem preciso dizer que a vista lá de cima é linda também, né? Dá para ver boa parte do Parque da Guarita (a praia, o lago e o Morro das Furnas) e a imensa
Praia da Itapeva. Essa praia é a última de Torres e tem seis quilômetros de extensão. Como fica um pouco longe do centro, não é muito movimentada e permanece deserta na maior parte do tempo.
|
Escadaria da Torre Sul |
|
Vista para o Parque da Guarita |
|
A imensa Praia da Itapeva |
|
Vista para a Praia da Guarita |
Adorei Torres e não imaginei que fosse gostar tanto. Achei as praias lindas! Elas não são do tipo paradisíacas (com água transparente e azul, por exemplo), mas tem uma beleza que não consigo descrever. São rústicas, um pouco selvagens talvez, e os paredões complementam a beleza, dando um charme ainda mais especial. O centro também é bem gostoso. Ao mesmo tempo que tem aquele ar pacato de cidade interiorana, também há o movimento e a infraestrutura de uma cidade mais desenvolvida. Enfim, gostei muito de Torres e desejo voltar. Quem sabe para ver o céu todo colorido durante o Festival de Balonismo. Ah, e também pra visitar a Ilha dos Lobos (que ficou faltando).
GOSTOU DE TORRES?
Conheça
Praia Grande também. As duas cidades ficam próximas!
MINHA AVALIAÇÃO:
Todos os textos e fotos contidos nesse blog são minha autoria e não podem ser reproduzidos sem autorização.