Minha paixão pelo Pará começou durante a primeira viagem que fiz à Belém (se você ainda não viu esse post, clique aqui). Simplesmente amei essa cidade e a partir daí comecei a pesquisar outros destinos paraenses. Primeiro descobri a Ilha do Marajó (o post completo dessa viagem está aqui) e depois foi a vez de Alter do Chão. Essa rústica vila, pouco conhecida e divulgada no turismo brasileiro, é banhada pelo Rio Tapajós e repleta de praias paradisíacas! Ela fica em Santarém, uma cidade localizada na região oeste do estado, bem no meio do caminho entre Belém e Manaus (clique aqui para conhecê-la). São aproximadamente oitocentos quilômetros de distância a partir de qualquer uma das duas capitais. Ah, e o acesso é beeem mais fácil pelas vias fluviais e aéreas do que pelas estradas e rodovias.
Meu desejo de conhecer Alter do Chão foi realizado graças a uma promoção de passagens aéreas (como sempre, né? rs). Encontrei um preço excelente para um vôo São Paulo - Brasília - Santarém. O único problema foi que cheguei de madrugada em Santarém e tive que esperar até amanhecer para pegar o ônibus que vai para o centro e depois outro até Alter (não ia rolar pagar táxi, sou uma viajante super econômica, vulgo mão de vaca, rs). Foi bem tranquilo pegar os dois ônibus. A única parte ruim foi dormir no aeroporto, que é beeem pequeno e quase não há lugares para sentar.
Cheguei em Alter por volta das oito/nove horas da manhã. A pousada que escolhi para me hospedar foi a Vila Alter. Fiquei quatro dias por lá e amei o atendimento (todos eram muito simpáticos, me senti em casa), o café da manhã (simples, mas bem feito e com produtos de qualidade), a localização (fica ao lado do terminal de ônibus e a três quadras da pracinha central) e as acomodações. Minha suíte era bem simples, mas tinha tudo que precisei para descansar depois dos dias repletos de passeios e aventuras. Só senti muuuita falta de um sinal de wifi, mas tirando isso foi tudo perfeito!
Pousada Vila Alter |
Minha suíte |
O centrinho de Alter é bem simples e rústico, do jeito que eu gosto! Me apaixonei por lá desde o primeiro instante. A parte mais turística da vila é ao redor da Praça Central, onde fica a Igreja Nossa Senhora da Saúde. Essa igreja é uma das construções mais antigas da região. Ela começou a ser erguida em 1876 e demorou vinte anos para ficar pronta. Sua arquitetura é em estilo barroco colonial e algumas paredes chegam a ter quarenta centímetros de espessura! Além da igreja, há muito comércio, restaurantes e lojinhas ao redor dessa praça. Ah, e à noite rola uma feirinha gastronômica.
Essa praça fica em frente ao Rio Tapajós. O calçadão beira-rio é super gostoso para caminhar ou apenas para sentar em um dos banquinhos e ficar apreciando o vai e vem dos barquinhos. É lindo demais! No finalzinho do calçadão (do lado esquerdo) tem uma praia bem bonita, chamada Praia do Cajueiro. Ela tem uma ótima infraestrutura e bastante sombra proporcionada pelas árvores.
Igreja Nossa Senhora da Saúde |
Calçadão beirando o Rio Tapajós |
Praia do Cajueiro |
Passarinho na Praia do Cajueiro |
Pertinho da Praia do Cajueiro tem um píer com uma vista muuuito bonita para o rio! Tive o privilégio de ver o sol se pondo ali e foi maravilhoso! Além da vista perfeita e de uma prainha super gostosa, ali também funciona a Centro de Atendimento ao Turista e uma lojinha ótima com diversos artesanatos da região.
Tanto da Praia do Cajueiro como do calçadão beira-rio é possível observar a M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A Ilha do Amor, o cartão postal de Alter. O banco de areia que forma essa ilha só aparece quando a maré do rio está baixa, em um determinado período do ano. Fiz a viagem em agosto, época em que as águas do rio começam a baixar e achei tudo perfeito. Fico imaginando como deve ser mais lindo ainda lá pra outubro/novembro, período em que a maré atinge o nível mais baixo. Para chegar até essa ilha é necessário contratar um barqueiro para fazer a travessia. O preço é tabelado pela Associação dos Barqueiros e eles ficam em um trapiche ali na pracinha central. É só chegar e dizer que quer fazer a travessia. Fácil, fácil! O trajeto é super rápido e não dura nem cinco minutos.
Fiquei muuuito encantada com a Ilha do Amor! A areia é tão branquinha e a água do rio tão transparente e quentinha... Realmente um paraíso! A infraestrutura também é excelente. Há muitos quiosques, sombra e tranquilidade.
Aí na Ilha do Amor também tem um mirante natural com uma vista muito linda: o Morro da Piraoca. O início da trilha fica perto do final da praia e tem uma plaquinha indicativa. Não tem como se perder. O trajeto não é tão extenso, mas como não há sombra em boa parte do percurso, acaba sendo um pouco cansativo, principalmente na subida (que é bem íngreme). O chão é arenoso e tive que tomar bastante cuidado para não escorregar em alguns trechos. A trilha termina no alto do morro onde tem uma vista 360 graus da região. Dá para ver a Ilha do Amor, o Rio Tocantins, a Vila de Alter... É muuuito lindo! Fiquei um tempão lá em cima. Descansando, fotografando e curtindo a paisagem.
Ali na Associação de Barqueiros também é o local ideal para contratar os passeios fluviais pela região. Antes de ir para Alter, pesquisei muito sobre como funcionava os passeios de barco. A maior parte dos blogs indicavam contratar esses barqueiros da associação. Porém, como eu estava sozinha, fiquei com muito receio de contratá-los, pois não tinha indicação de nenhum. Por conta disso, quase que fechei com uma agência receptiva, mesmo sabendo que ela cobrava o dobro do preço. Mas aí, chegando em Alter e fazendo as contas de quanto sairia o pacote de passeios pela agência, fiquei chocada e acabei fechando com um barqueiro da associação mesmo, que me incluiu em um grupo super legal, onde fiz amizades que duraram a viagem inteira!
O primeiro passeio que fiz foi para a Flona, que significa Floresta Nacional dos Tapajós. Essa floresta é enooorme e abrange diversas outras cidades do Pará, além de Santarém. Ela tem mais de quinhentos mil hectares e é protegida e administrada pelo ICMBio. Nossa primeira parada, após uns trinta minutos de navegação, foi na Comunidade Maguari. Os ribeirinhos que vivem nessa vila produzem diversos artesanatos com o látex que eles mesmos retiram das seringueiras da floresta. Foi muito legal e interessante acompanhar o processo de extração!
Voltamos para o barco e navegamos por mais uns dez minutos até chegarmos na Comunidade Jamaraquá, o ponto inicial da nossa caminhada pela floresta. A trilha é bem longa e cansativa. Foram oito quilômetros (ida e volta) em mata fechada e, para dificultar ainda mais, alguns trechos eram subida. Apesar de todo cansaço, foi um passeio maravilhoso e super enriquecedor. O guia que nos acompanhou era nativo da região e muuuito legal! Ele nos deu centenas de informações sobre a floresta, as plantas e os bichinhos que vivem por lá. Também contou várias histórias e curiosidades.
No meio da trilha demos de cara com uma Samaúma gigante!!! Essa árvore é conhecida entre os nativos como "Vovó" e dizem que ela tem mais de mil anos. Ela é tão, mas tão alta que não consegui enxergar sua copa. Seu tronco também é bem grande! O guia nos disse que para conseguirmos abraçá-lo é necessário um cordão humano com quase trinta pessoas. Ele também nos mostrou como os índios se comunicam pela floresta: de uma pancada na raiz dessa árvore fez um estrondo muito forte que ecoou por toda a mata. Foi impressionante!
Também passamos por um mirante, mas não consegui enxergar muita coisa por conta da quantidade de árvores e mato que tinha na frente. Ah, tava quase esquecendo de contar dos bichinhos que vi! Foram diversos tipos de aranhas, formigas, aves e até um bicho-preguiça. Acho que demoramos umas quatro horas para concluirmos a trilha. Voltamos para a Comunidade Jamaraquá famintos e exaustos. Almoçamos por lá e depois demos continuidade ao passeio.
Nossa próxima parada foi na praia mais linda de Alter (na minha opinião): a Praia do Maguari! Esse lugar é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O e nada do que eu disser por aqui vai descrever sua beleza. Essa praia também só se forma quando a maré do rio está baixa, assim como as demais da região. É do tipo selvagem, sem infraestrutura (do jeito que gosto) e com a areia branquinha, branquinha. Um verdadeiro paraíso!
Quase no finalzinho do dia, fomos para a Praia do Pindobal. Essa praia tem uma boa infraestrutura, com quiosques e barraquinhas de palha super charmosas. Aproveitamos para relaxar mais um pouquinho e acompanhar o entardecer. O pôr do sol foi lindo e vimos até botos pulando no rio... s2 Quando voltamos para a vila o céu já estava escuro e foi uma aventura navegar no rio à noite!
No outro dia fizemos mais um passeio: o do Canal do Jari, considerado o mais emocionante de Alter. Quando me falaram que íamos cruzar o Rio Tapajós e que o barco poderia balançar um pouquinho, não levei muito a sério... "Teoricamente" sou acostumada a andar de barco e achava que rio não tinha ondas fortes, como o mar. Mas estava super enganada! O Rio Tapajós tem muuuita onda e quase tive um troço dentro daquele barco. Ele mexeu demais e em diversos momentos achei que fosse virar, rs. Felizmente, nenhum acidente aconteceu e conseguimos chegar na outra margem. Foi um alívio na hora que desembarquei!
O Canal do Jari é um braço bem estreito do Rio Amazonas. Ele fica um pouquinho mais à frente do encontro dos dois rios. A água ali é mais escura e barrenta, bem diferente do rio próximo à vila. É uma área bem isolada, onde só é possível chegar de barco. Diversas famílias ribeirinhas vivem por ali e visitamos a casa de duas delas. Assim que desembarque na primeira, notei que era suspensa e fiquei curiosa para saber o porquê. Me explicaram que as casas dessa região precisam ficar no alto devido a constante mudança de maré do rio. Quando ele sobe, inunda todo o quintal. Como era época da maré baixa, conseguimos até fazer uma trilha na mata. Vimos uma cobra gigante no tronco de uma árvore, ninhos de vespas (ui!), bichos-preguiças e até um pica-pau. Foi bem legal!
Desembarcamos novamente na casa de outra família, que também era suspensa e ficava em frente a uma espécie de lago com diversas vitórias-régias. Fiquei apaixonada por essas plantinhas típicas da região amazônica. Muito lindas!
Na sequência, cruzamos o Rio Tapajós novamente (dessa vez foi bem mais tranquilo) e paramos para almoçar no restaurante Casa do Saulo. Acho que esse é o restaurante mais famoso de Santarém. Além da comida deliciosa (e com bons preços), a estrutura do lugar é muuuito bonita! Tudo é rústico e super bem decorado. Além da área do restaurante, o local tem alguns decks que funcionam como mirantes (com uma vista M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A para o rio) e duas piscinas. Nós chegamos de barco, mas também é possível ir de carro.
Após o almoço, paramos na Lagoa Negra que, como o próprio nome diz, é uma lagoa com águas escuras. Ela é bem bonita e tem algumas pequenas dunas de areias em volta. Ficamos mais ou menos uma hora por lá e depois partimos para a Ponta do Cururú. Essa praia estava bem cheia, com vários barcos atracados e música alta. Ficamos por ali até o sol se pôr. Foi lindo! s2
Bom, já deve ter dado pra notar que eu AMEI Alter do Chão! Foi uma das viagens mais especiais da minha vida! Gostei de tudo que conheci por lá. As praias, as trilhas, a vila... Tudo tem um astral diferente, inexplicável. Acho que quatro foi pouco tempo por lá e, infelizmente, não consegui fazer todos os passeios. Faltou conhecer o Lago Verde, a Floresta Encantada, o Rio Arapiuns... Sinto muuuita vontade de voltar! O coração até chega a doer de tanta saudade... s2
GOSTOU DE ALTER DO CHÃO?
Conheça Santarém também. Ali rola o encontro dos rios Tapajós e Amazonas! Clique aqui para ler o relato completo dessa viagem.
MINHA AVALIAÇÃO:
Todos os textos e fotos contidos nesse blog são minha autoria e não podem ser reproduzidos sem autorização.
Píer de acesso ao CAT (à esquerda) e artesanato regional (à direita) |
Entardecer no píer |
Simplesmente perfeito! |
Tanto da Praia do Cajueiro como do calçadão beira-rio é possível observar a M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A Ilha do Amor, o cartão postal de Alter. O banco de areia que forma essa ilha só aparece quando a maré do rio está baixa, em um determinado período do ano. Fiz a viagem em agosto, época em que as águas do rio começam a baixar e achei tudo perfeito. Fico imaginando como deve ser mais lindo ainda lá pra outubro/novembro, período em que a maré atinge o nível mais baixo. Para chegar até essa ilha é necessário contratar um barqueiro para fazer a travessia. O preço é tabelado pela Associação dos Barqueiros e eles ficam em um trapiche ali na pracinha central. É só chegar e dizer que quer fazer a travessia. Fácil, fácil! O trajeto é super rápido e não dura nem cinco minutos.
Fiquei muuuito encantada com a Ilha do Amor! A areia é tão branquinha e a água do rio tão transparente e quentinha... Realmente um paraíso! A infraestrutura também é excelente. Há muitos quiosques, sombra e tranquilidade.
Ilha do Amor |
É um paraíso! |
Areia branquinha |
Barquinhos |
Voltando para a vila |
Aí na Ilha do Amor também tem um mirante natural com uma vista muito linda: o Morro da Piraoca. O início da trilha fica perto do final da praia e tem uma plaquinha indicativa. Não tem como se perder. O trajeto não é tão extenso, mas como não há sombra em boa parte do percurso, acaba sendo um pouco cansativo, principalmente na subida (que é bem íngreme). O chão é arenoso e tive que tomar bastante cuidado para não escorregar em alguns trechos. A trilha termina no alto do morro onde tem uma vista 360 graus da região. Dá para ver a Ilha do Amor, o Rio Tocantins, a Vila de Alter... É muuuito lindo! Fiquei um tempão lá em cima. Descansando, fotografando e curtindo a paisagem.
Morro da Piraoca |
Pedacinhos da trilha |
Vista para o Rio Tapajós e para a vila de Alter do Chão |
É muuuito lindo! |
Ali na Associação de Barqueiros também é o local ideal para contratar os passeios fluviais pela região. Antes de ir para Alter, pesquisei muito sobre como funcionava os passeios de barco. A maior parte dos blogs indicavam contratar esses barqueiros da associação. Porém, como eu estava sozinha, fiquei com muito receio de contratá-los, pois não tinha indicação de nenhum. Por conta disso, quase que fechei com uma agência receptiva, mesmo sabendo que ela cobrava o dobro do preço. Mas aí, chegando em Alter e fazendo as contas de quanto sairia o pacote de passeios pela agência, fiquei chocada e acabei fechando com um barqueiro da associação mesmo, que me incluiu em um grupo super legal, onde fiz amizades que duraram a viagem inteira!
O primeiro passeio que fiz foi para a Flona, que significa Floresta Nacional dos Tapajós. Essa floresta é enooorme e abrange diversas outras cidades do Pará, além de Santarém. Ela tem mais de quinhentos mil hectares e é protegida e administrada pelo ICMBio. Nossa primeira parada, após uns trinta minutos de navegação, foi na Comunidade Maguari. Os ribeirinhos que vivem nessa vila produzem diversos artesanatos com o látex que eles mesmos retiram das seringueiras da floresta. Foi muito legal e interessante acompanhar o processo de extração!
Comunidade Maguari |
O látex retirado das seringueiras vira tecido |
Bolsas e sandálias são produzidas com o látex |
Seringueiras |
Voltamos para o barco e navegamos por mais uns dez minutos até chegarmos na Comunidade Jamaraquá, o ponto inicial da nossa caminhada pela floresta. A trilha é bem longa e cansativa. Foram oito quilômetros (ida e volta) em mata fechada e, para dificultar ainda mais, alguns trechos eram subida. Apesar de todo cansaço, foi um passeio maravilhoso e super enriquecedor. O guia que nos acompanhou era nativo da região e muuuito legal! Ele nos deu centenas de informações sobre a floresta, as plantas e os bichinhos que vivem por lá. Também contou várias histórias e curiosidades.
No meio da trilha demos de cara com uma Samaúma gigante!!! Essa árvore é conhecida entre os nativos como "Vovó" e dizem que ela tem mais de mil anos. Ela é tão, mas tão alta que não consegui enxergar sua copa. Seu tronco também é bem grande! O guia nos disse que para conseguirmos abraçá-lo é necessário um cordão humano com quase trinta pessoas. Ele também nos mostrou como os índios se comunicam pela floresta: de uma pancada na raiz dessa árvore fez um estrondo muito forte que ecoou por toda a mata. Foi impressionante!
Também passamos por um mirante, mas não consegui enxergar muita coisa por conta da quantidade de árvores e mato que tinha na frente. Ah, tava quase esquecendo de contar dos bichinhos que vi! Foram diversos tipos de aranhas, formigas, aves e até um bicho-preguiça. Acho que demoramos umas quatro horas para concluirmos a trilha. Voltamos para a Comunidade Jamaraquá famintos e exaustos. Almoçamos por lá e depois demos continuidade ao passeio.
Chegando no início da trilha |
Outra comunidade |
Trilha (à esquerda) e aranha que encontramos no caminho (à direita) |
Papagaio (à esquerda) e bicho-preguiça (à direita) |
Samaúma gigante! |
Nossa próxima parada foi na praia mais linda de Alter (na minha opinião): a Praia do Maguari! Esse lugar é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O e nada do que eu disser por aqui vai descrever sua beleza. Essa praia também só se forma quando a maré do rio está baixa, assim como as demais da região. É do tipo selvagem, sem infraestrutura (do jeito que gosto) e com a areia branquinha, branquinha. Um verdadeiro paraíso!
Chegando na Praia do Maguari |
Essa praia é linda demais! |
A tranquilidade reina por aqui |
Quase no finalzinho do dia, fomos para a Praia do Pindobal. Essa praia tem uma boa infraestrutura, com quiosques e barraquinhas de palha super charmosas. Aproveitamos para relaxar mais um pouquinho e acompanhar o entardecer. O pôr do sol foi lindo e vimos até botos pulando no rio... s2 Quando voltamos para a vila o céu já estava escuro e foi uma aventura navegar no rio à noite!
Praia do Pindobal |
Perfeita para acompanhar o entardecer |
Pôr do sol |
No outro dia fizemos mais um passeio: o do Canal do Jari, considerado o mais emocionante de Alter. Quando me falaram que íamos cruzar o Rio Tapajós e que o barco poderia balançar um pouquinho, não levei muito a sério... "Teoricamente" sou acostumada a andar de barco e achava que rio não tinha ondas fortes, como o mar. Mas estava super enganada! O Rio Tapajós tem muuuita onda e quase tive um troço dentro daquele barco. Ele mexeu demais e em diversos momentos achei que fosse virar, rs. Felizmente, nenhum acidente aconteceu e conseguimos chegar na outra margem. Foi um alívio na hora que desembarquei!
Paisagens durante o passeio. Reparem na onda do rio. |
Chegando no Canal do Jari. O rio aqui já era bem mais tranquilo. Ufa! |
Vimos botos! s2 |
O Canal do Jari é um braço bem estreito do Rio Amazonas. Ele fica um pouquinho mais à frente do encontro dos dois rios. A água ali é mais escura e barrenta, bem diferente do rio próximo à vila. É uma área bem isolada, onde só é possível chegar de barco. Diversas famílias ribeirinhas vivem por ali e visitamos a casa de duas delas. Assim que desembarque na primeira, notei que era suspensa e fiquei curiosa para saber o porquê. Me explicaram que as casas dessa região precisam ficar no alto devido a constante mudança de maré do rio. Quando ele sobe, inunda todo o quintal. Como era época da maré baixa, conseguimos até fazer uma trilha na mata. Vimos uma cobra gigante no tronco de uma árvore, ninhos de vespas (ui!), bichos-preguiças e até um pica-pau. Foi bem legal!
Desembarcamos novamente na casa de outra família, que também era suspensa e ficava em frente a uma espécie de lago com diversas vitórias-régias. Fiquei apaixonada por essas plantinhas típicas da região amazônica. Muito lindas!
Casa suspensas construídas com palafitas |
O banheiro é logo ali (à esquerda) e cobra gigante em uma das árvores (à direita) |
Curiosa árvore com espinhos (à esquerda) e um pica-pau (à direita) |
Linda! |
Lago de vitórias-régias |
Na sequência, cruzamos o Rio Tapajós novamente (dessa vez foi bem mais tranquilo) e paramos para almoçar no restaurante Casa do Saulo. Acho que esse é o restaurante mais famoso de Santarém. Além da comida deliciosa (e com bons preços), a estrutura do lugar é muuuito bonita! Tudo é rústico e super bem decorado. Além da área do restaurante, o local tem alguns decks que funcionam como mirantes (com uma vista M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A para o rio) e duas piscinas. Nós chegamos de barco, mas também é possível ir de carro.
Chegando no restaurante Casa do Saulo |
A estrutura do restaurante é muito bonita! |
Olha essa vista! s2 |
Após o almoço, paramos na Lagoa Negra que, como o próprio nome diz, é uma lagoa com águas escuras. Ela é bem bonita e tem algumas pequenas dunas de areias em volta. Ficamos mais ou menos uma hora por lá e depois partimos para a Ponta do Cururú. Essa praia estava bem cheia, com vários barcos atracados e música alta. Ficamos por ali até o sol se pôr. Foi lindo! s2
Lagoa Negra |
Ponta do Cururú |
Entardecer |
Bom, já deve ter dado pra notar que eu AMEI Alter do Chão! Foi uma das viagens mais especiais da minha vida! Gostei de tudo que conheci por lá. As praias, as trilhas, a vila... Tudo tem um astral diferente, inexplicável. Acho que quatro foi pouco tempo por lá e, infelizmente, não consegui fazer todos os passeios. Faltou conhecer o Lago Verde, a Floresta Encantada, o Rio Arapiuns... Sinto muuuita vontade de voltar! O coração até chega a doer de tanta saudade... s2
GOSTOU DE ALTER DO CHÃO?
Conheça Santarém também. Ali rola o encontro dos rios Tapajós e Amazonas! Clique aqui para ler o relato completo dessa viagem.
MINHA AVALIAÇÃO:
Todos os textos e fotos contidos nesse blog são minha autoria e não podem ser reproduzidos sem autorização.