JERICOACOARA: Um paraíso escondido no meio das dunas

Viagem realizada em setembro/2014


O que falar de Jericoacoara? Simplesmente amei, amei e amei! As dunas, o charme da vila, o pôr do sol, os pés na areia o tempo todo... Tudo é lindo e com uma vibe muuuito especial! Pra que nunca ouviu falar deste paraíso, vamos às apresentações! Jericoacoara é uma pequena vila de pescadores que pertence ao município de Jijoca de Jericoacoara, localizado no litoral oeste cearense, a aproximadamente trezentos quilômetros da capital Fortaleza.

Chegar até lá é uma aventura! Caso você esteja vindo de outro estado, há duas opções de aeroporto: o Aeroporto Internacional de Fortaleza (é o mais tradicional, porém longe: são trezentos quilômetros de distância) e o Aeroporto Regional de Jericoacoara (bem mais pertinho: apenas trinta quilômetros). Como estive em Jeri em 2014, ainda não existia essa segunda opção de aeroporto, então desembarquei no de Fortaleza mesmo e de lá peguei um ônibus da viação Guanabara (que também passa na rodoviária). A viagem até Jijoca demorou umas cinco/seis horas. Lá no centrinho fomos transferidos para um outro tipo de veículo, chamado jardineira. Foi neste momento que a aventura começou! O restante do percurso até a vila de Jeri (o que dá mais uma hora de viagem, aproximadamente) é feito por uma estradinha de terra e depois pelo meio das dunas, com muuuita emoção!!! E paisagens lindas! Fiquei encantada com tudo que vi. s2

Jardineira que faz o trajeto Jijoca-Jericoacoara

A vila de Jeri, apesar de rústica, é super bem estruturada! Por ali há uma infinidade de opções de hospedagens, restaurantes, lojas, sorveterias, mercados e agências receptivas. Tudo pés na areia, do jeitinho que AMO! Depois de pesquisar bastante, acabei escolhendo a Pousada Morada do Sol e foi uma boa experiência (eles não tem site, mas podem ser encontrados no Booking.com). O atendimento foi super hospitaleiro e gentil; e a suíte era bastante espaçosa e com vista para as dunas, s2. O café da manhã era simples, mas gostoso. A única coisa que não me agradou tanto foi a área externa. Achei um pouco mal cuidada e diferente do que vi nas fotos de divulgação.

Pousada Morada do Sol
Beija-flor no jardim da pousada
Um pedacinho da vista da janela da suíte em que fui acomodada

Fiquei quatro dias inteiros em Jeri e achei que foi tempo ideal para conhecer os principais atrativos da região. O primeiro dia da viagem foi dedicado à vila e as praias que ficam ali por perto. Como comentei no início do post, o vilarejo é uma graça e muuuito charmoso! As ruas são todas de areia e repletas de natureza, já que ali é uma área de preservação ambiental e pertence ao Parque Nacional do Jericoacoara. Por conta disso, há a cobrança de uma taxa para acessar a vila, chamada TTS (Taxa de Turismo Sustentável), que é válida por dez dias. Quando estive em Jeri, em setembro/2014, ainda não existia essa tarifa.

Olha o charme dessa vila!
Mini cajus (à esquerda) e barquinho instagramável (à direita)
Jeri é completamente pés na areia

Pertinho da vila há duas praias que podem ser acessadas com uma caminhada bem curtinha. A Praia de Jericoacoara é a principal e fica colada na vila. Ela tem uma ótima infraestrutura e está sempre movimentada, principalmente ao entardecer (o pôr do sol dali é lindo). Caminhando para o lado esquerdo você chegará em um dos cartões-postais de Jeri: a Duna do pôr do sol. Eu fiquei simplesmente apaixonada pela beleza e pela vibe desse lugar. Sério! Subir a duna e contemplar o sol se pondo dali do alto é algo muito tradicional na vila, quase que uma programação obrigatória. O sol se põe diretamente no mar e é lindo demais (e inesquecível)! Atualização: parece que a Duna do pôr do sol acabou migrando para outro lugar (por conta da ação do vento) e não existe mais. Uma pena... :(

Praia de Jericoacoara, a principal da vila, no finalzinho da tarde
A vila toda subindo a Duna do pôr do sol
Foi muito emocionante e inesquecível! s2

A outra praia que fica pertinho da vila é a Praia da Malhada. Ela está localizada no lado direito da praia principal, após algumas pedras (também há um acesso por dentro da vila). Se você curte lugares mais isolados e sem infraestrutura, esta praia atenderá todas as suas necessidades! O visual rústico e a tranquilidade reinam por ali. No canto direito começa o Morro do Serrote, onde há uma espécie de trilha que finaliza na Pedra Furada, outro cartão-postal de Jeri. Essa formação rochosa é super famosa por conta de seu curioso formato. Ela tem um buraco bem no meio, criado pela ação do vento (que é muito forte nessa região). A caminhada até lá é um pouco longa (algo em torno de uma hora, dependendo do ritmo) e pode se tornar cansativa por conta do calor e do sol. Também é possível chegar até a pedra caminhando pela praia, porém só quando a maré está baixa. Conheci a Pedra Furada durante um passeio de buggy, que conto a seguir.

Praia da Malhada
Praticamente vazia!
Morro do Serrote

No meu segundo dia em Jeri rolou um passeio de buggy muito legal, chamado lado leste (que durou o dia inteiro)! Nosso roteiro foi o seguinte: Pedra Furada, Praia do Preá, Árvore da Preguiça, Lagoa Azul e Lagoa do Paraíso. O buggy chegou pontualmente na pousada às 9h30 da manhã e seguimos por uma estradinha de areia até a Praia da Pedra do Frade. Desembarcamos ali e começamos uma caminhada pela praia (de uns vinte minutos) até a Pedra Furada (também passamos pela Pedra do Frade). Apesar de ser cedinho, o local já estava bem movimentado de turistas. Todo mundo disputando uma foto na pedra! Dizem que no final da tarde o movimento fica ainda maior, por conta do pôr do sol. Ficamos um pouquinho por ali, tiramos algumas fotos e voltamos caminhando para o buggy (que ficou estacionado no final da estradinha).

Na sequência fomos para a famosa Árvore da Preguiça, uma árvore que curiosamente ficou torta de tanto vento e, por conta disso, parece estar se espreguiçando. Desembarcamos por ali para tirar algumas fotos e depois seguimos para a Praia do Preá. Essa praia é muito bonita e possui um vilarejo com uma boa infraestrutura turística.

A famosa Pedra Furada
Também conhecemos a Pedra do Frade
O trajeto até a Praia do Preá é lindo!
A curiosa Árvore da Preguiça

As próximas paradas foram na Lagoa Azul e na Lagoa do Paraíso. A Lagoa Azul é super bonita! Não me lembro o nome do restaurante que foi nosso ponto de apoio, mas ele tinha uma boa estrutura, apesar de simples. Havia algumas redes coloridas na água (que era uma delícia, super quentinha e transparente), espreguiçadeiras, mesas com guarda-sóis e caiaques para alugar. Ficamos pouco tempo por lá, mas deu para aproveitar um pouquinho e tirar algumas fotos. Na sequência fomos para a Lagoa do Paraíso. Lá o nosso tempo de parada foi maior e nos acomodamos no famoso beach club Alchymist. A estrutura desse local é excelente e o restaurante tem uma decoração muito bonita. A lagoa é muito linda também, realmente um paraíso! Fiquei encantada com a cor da água, que tinha um degradê em diversos tons de azul e era super cristalina (não dava vontade de sair de lá). Estive nesse beach club em setembro/2014, quando ele era bem menos badalado. Parece que hoje a estrutura está maior e vive lotado de turistas. O nível da água da lagoa também aumentou, diminuindo a faixa de areia (que antes era bem larga).

Estradinha de areia que dá acesso às lagoas
A Lagoa Azul é muito bonita!
Entrada do beach club Alchymist, na Lagoa do Paraíso
A estrutura é excelente! 
As redes dentro da água são super disputadas

No dia seguinte, o terceiro da viagem, fiz outro passeio de buggy (que também durou o dia inteiro). Dessa vez para o lado oeste, visitando os seguintes atrativos: Rio Camboa, Mangue Seco, Tatajuba, Dunas do Funil e Lagoa da Torta. Neste dia o passeio começou mais cedo e às nove da manhã o bugueiro já estava nos esperando em frente à pousada. Todo o trajeto até o Rio Camboa foi feito pela praia, que era deserta (e o bugueiro correu muuuito). Desembarcamos na margem do rio para fazermos o Passeio Ecológico do Cavalo Marinho. Navegamos por uns trinta minutos por uma região de mangue para que o canoeiro pudesse capturar, cuidadosamente, alguns cavalos marinhos (que depois foram devolvidos à água). Sinceramente não curto esse tipo de passeio turístico que envolve animais, mas acabei participando. Foi interessante, mas nada imperdível.

Quilômetros e quilômetros de praia deserta
Passeio de canoa para ver cavalos marinhos
Olha um cavalo marinho aí!

Voltamos para o buggy e continuamos o passeio. Um dos momentos mais legais do dia foi cruzar o Rio Guriú em uma balsa super improvisada e conhecer o Mangue Seco (que já fica na cidade de Camocim). Amei este lugar! Como o próprio nome sugere, ali era um mangue que secou e foi transformado em um atrativo turístico (e está cheio de cantinhos instagramáveis, com balanços, redes, plaquinhas fofas...). A paisagem é muito bonita e exótica, repleta de galhos secos retorcidos. No local também há algumas barraquinhas de artesanatos e bebidas.

Embarcamos novamente no buggy e seguimos para Tatajuba, uma antiga vila de pescadores que foi soterrada pela areia na década de 1980. Como a areia foi chegando aos poucos (devido a ação do vento), os moradores tiveram tempo de migrar para um outro local e construir uma nova vila, que foi chamada de Nova Tatajuba. Esta parte do passeio foi bem rapidinha, pois quase tudo já está coberto de areia. Consegui ver apenas alguns pedacinhos de algumas casas. Também passamos pelo novo vilarejo.

Travessia do buggy pelo Rio Guriú
O Mangue Seco é lindo demais!
Uma parte do caminho para Tatajuba
Igrejinha em Nova Tatajuba

Depois de passar por Tatajuba, rolou mais um pouco de emoção! Subimos duas dunas e foi suuuper divertido! Não lembro o nome da primeira, mas a segunda era a Duna do Funil. Essa duna era suuuper alta e tinha uma vista linda!!! Ficamos um tempinho por lá, contemplando a paisagem, tirando fotos... Só não rolou um skibunda porque eu amarelei, rs. 

Voltamos para o buggy e finalizamos o dia na Lagoa da Torta, que é muito bonita também (mas não tanto quanto as lagoas que conhecemos no dia anterior). Nosso ponto de apoio foi em um restaurante que não me lembro o nome, mas ele tinha uma estrutura bem legal, com mesas, cadeiras e redes coloridas. Almoçamos por lá e também alugamos um caiaque para curtir a tranquilidade da lagoa. E fim de mais um dia super ensolarado e feliz em Jeri!

A primeira duna que paramos
Duna do Funil e uma lagoa seca
Redinhas coloridas na Lagoa da Torta

Meu último dia em Jeri foi super tranquilo e aproveitei para descansar, já que a viagem de volta à Fortaleza seria bem demorada e cansativa. O que dizer de Jeri? Simplesmente amei, amei e amei!!! E voltaria infinitas vezes! A vila tem uma vibe super gostosa e me conquistou de primeira. A região também é repleta de lugares belíssimos, perfeitos para se desconectar da correria do dia a dia. Por falar nisso, nos últimos anos foram inaugurados mais alguns atrativos turísticos por lá, como o Buraco das Araras e o Lagun Beach. Olha aí, já tenho mais motivos para voltar! :D


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